Memorial Spa Espiritual Luz da Floresta

Monge Paulo diPaula


 Depoimentos 


"Se alertem toda gente, Que habita aqui na terra, Olha o Sol e os Planetas, Neles não existe guerra."

"Eu encontrei a Luz...na Floresta."

Na primeira vez que tomei o chá sagrado vi muitas estrelas, e os brilhos e as danças indianas me levaram até a rampa de lançamento, mas algo me segurou. A peia foi braba e fui direto pro inferno interior. Foi um trabalho essencialmente físico. Nos dois trabalhos seguintes compreendi os meus erros, desacertos, cobranças que viviam no meu íntimo. Na terceira vez, vi duas curadoras enfiando as suas mãos no interior do meu corpo, enquanto sorriam e jogavam brilhos luminosos no meu rosto, tranqüilizando-me. A sensação foi agradável e, ao mesmo tempo dolorosa, pois elas mudaram todos os órgãos de lugar a procura de algo que estava muito bem escondido. Por fim apresentaram todos os motivos de tanto desentendimento e me entregaram em um saco de lixo. Chorei muito, aliás, algo constante em todos os trabalhos. Um choro silencioso de quem descobre todas as mágoas acumuladas e motivo de tanta tristeza e insegurança.
Ainda tinha muito para fazer no quarto trabalho. Uma noite não dormida e nenhuma alimentação, possibilitou o conhecimento e acredito, a limpeza de todos os monstros. Foi um trabalho essencialmente emocional. A alimentação retornou à normalidade saudável de antigamente, junto com o estado espiritual de bons princípios, pensamentos e práticas, este sim, antigo e ininterrupto. Este buscador da verdade precisava continuar o seu caminho e no quinto trabalho, os chakras se alinharam. Aí eu vi a Luz na Floresta, no Ritual do Sol Sagrado de Setembro. O chá desceu suave e o corpo não mostrou nenhuma reação. Nos dois primeiros dias, uma sensação de bem estar, plenitude, felicidade, deitado à sombra daquelas árvores centenárias. O calor e o brilho do sol no rosto me intuíram a ver o Sol por dentro, como se fosse construído de tijolos flamejantes vermelhos e imensamente energéticos, que não se tocavam, mas que construíam uma estrutura sólida e ao mesmo tempo leve e linda.
Ao entardecer conhecemos um pouco mais sobre a nossa relação com o calendário Maya e re-descobri o Kin 113, o Tom SOLAR e o Selo BEN. No terceiro dia, o ritual prosseguiu no começo da tarde no mesmo local e no exato momento em que a sombra da árvore deu lugar ao brilho do sol, fui imediatamente sugado pro seu interior e de lá vi toda a minha ínfima existência. Indescritível. De noite, reunidos ao redor da fogueira, após todos os depoimentos e decretos de continuar no caminho, o calor do fogo me incendiou por dentro. A temperatura subiu e uma sensação de que ia explodir fez o corpo despencar no chão. Espero voltar em breve.
Julio Bernardo - Farmacêutico-Bioquímico - Festival Espiritual do Sol de 06 a 09 de setembro de 2007.

"Naturalmente eu vim para me encontrar"

Naturalmente eu vim para me encontrar (ate que enfim!!!) A minha descoberta do spa spiritual foi totalmente guiada pelo meu divino. Na hora que estava indo para o aeroporto foi que me dei conta de que saia do Rio pra Curitiba podendo ir a vários outros spas mais próximos. A primeira vez que o Paulo mencionou o chá o meu ego deu um pulo! Tá louco! Vê se eu vou ficar fora de mim, perder o controle! Daí em diante quanto mais o Paulo me falava sobre o chá e as mudanças que haviam ocorrido com as pessoas mais o meu ego se arrepiava mas o meu divino se alegrava! Eu só me imaginei contando a experiência para a minha mãe e ela rindo. Resolvi tomar o chá.....mas só um pouquinho!!
Quanta luz! Meu corpo era cheio de luz, minhas mãos transbordavam de luz!! E quanta felicidade, amor e liberdade, como eu me senti livre! Eu pude ir a vários lugares, abraçar meus amigos na Inglaterra. Tive consciência do meu corpo, de quanto eu o amava e a mim mesma. Também tive imagens de felinos, vários!! Mas eles só estavam lá, não faziam nada. O meu segundo encontro foi mais intenso. Logo que me conectei eu voei! Eu virei uma águia e voava pelas montanhas, oceanos. Eu voava tão rápido que me desmanchava com o todo e virava o universo. Eu fui tão alto que o meu físico começou a ter dor de cabeça e comecei a ficar enjoada. Ainda continuei a ter algumas imagens, mas o ego começou a me controlar com medo de ir tão alto e abandona-lo, que voltei para o meu físico para passar mal.......
No meu terceiro encontro com o meu eu foi a conexão! A ponte foi construída com o meu divino! Me tornei uma criança sorrindo, brincando e completamente conectada com todo o universo. Senti meus chakras sendo alinhados e conectados. Enterrei uma parte minha que já não mais preciso. Ouvi e respeitei o que o meu eu divino me falou que toda essa felicidade e amor que sentia e a facilidade com que derretia meus medos era pra ser passado para todos através do meu próprio desenvolvimento. Mude a si mesma que os outros mudarão.
As descobertas foram muitas. A felicidade eterna e muito intensa. Agora estou de volta a minha realidade no Rio de Janeiro, onde estou colocando em pratica toda as emoções que senti. Mudei minha alimentação, medito pelo menos 2 vezes ao dia, estou fazendo yoga e tomando muitos florais !!! Entendi que para manter o equilíbrio preciso me manter em contato com o meu divino. Como não fui criada para estar em contato com essa minha parte aceito que preciso ter perseverança. É como quebrar uma perna e ter que reaprender a andar só que dessa vez usando forcas que você não sabia que existiam dentro de você.
Por tudo isso eu te agradeço Paulo, por ter a coragem de criar esse espaço que oferece a chance para as pessoas transmutarem. Obrigada pela sua força e fé. Ao Blue Sky também obrigada por ter cuidado de mim!!
Com muito amor e muita luz
Martina Resende, 33 anos, terapeuta, estudou na College of Vibrational Medicine e The Academy of Eternal Light, na Inglaterra, professora. Rio. Festival Espiritual da Vida de 02 a 07 de julho.

"Espelho da Alma"

Por volta das dez horas da noite DiPaula deu início ao ritual do trabalho com o chá. Em círculo, pedimos proteção e orientação do astral. Em seguida, ainda em círculo, símbolo do infinito, tiramos cartas do tarô o qual, segundo DiPaula, nos mostrava o que teríamos que trabalhar em nós mesmos através das visões proporcionadas pela ayahuasca. Tirei a carta da Torre e fiquei sabendo que algo seria derrubado em minha vida naquela noite. Idéias, conceitos, atitudes, enfim, algum aspecto da minha vida já não era mais necessário para minha evolução. Antes do ritual começar DiPaula havia espalhado cobertas, mantas e puffs por todo lado, inclusive no jardim, local que escolhi para me acomodar. Arrastei um puff para o centro do jardim e me cobri com algumas mantas que havia trazido da sala. Deitei olhando para o céu, que não podia estar mais estrelado. Senti-me parte daquele cenário, como se fosse mais uma daquelas estrelas. O primeiro pensamento que me veio à cabeça foi o mais estranho possível para uma situação como aquela: "Estou em casa".
Naquela altura da experiência, já não sentia mais meu corpo. Eu era só energia e sabia que o céu era meu lar, minha origem. Entendi meu papel no universo. Via meu corpo como uma máquina, a qual era totalmente desnecessária naquele momento. Senti-me bem como há muito não era possível. O fato é que me transportei para outra dimensão, onde o pensamento era o meio para qualquer tipo de comunicação, onde o corpo físico não existia e onde podia me ver como um ser único, pleno, forte e astral. Eu era espírito. De uma hora para outra vi com clareza todos os meus erros e os motivos que me levaram a cometê-los. Cheguei a conclusões simples para mudar questões profundas da minha existência. Percebi que não estava em equilíbrio com meu Eu Divino e sabia exatamente o que fazer para mudar a situação. Enfim, a Torre caiu.
Quando estava sob efeito do chá não tive dúvidas sobre nada, não havia espaço para isso. Tudo o que passava pela minha mente era certo, como se tais informações estivessem escritas na alma. Como se trouxéssemos um livro no inconsciente, o qual nem sabemos que carregamos. Era uma certeza que trazia confiança. Nunca havia sentido aquilo antes. Na verdade, nunca havia sentido qualquer uma daquelas sensações antes. Talvez porque, como todas as pessoas, eu nunca havia estado tão dentro de mim como estava naquele momento. A ayahuasca, para mim, funcionou como um espelho, talvez o mais verdadeiro de todos. Isso porque entre esse espelho e o objeto a ser refletido não há a interferência do ego, ou de convenções e conceitos pré-estabelecidos que possam deturpar a imagem final. O chá é o espelho da alma no qual é possível se ver sem a influência de falsos moralismos ou de qualquer outra anestesia social. Quando sob efeito do chá, não há como fugir do próprio reflexo, sendo ele bom ou mau. No meu caso, graças a Deus, só havia imagens boas, pois tudo que tinha que mudar estava ligado a uma fase de atração de más energias para perto de mim. Percebi que minha essência é pura, é divina e que devo fazer o possível para mantê-la natural, longe das influências negativas do mundo. Sou luz. Todos somos. Manter essa luz acessa é a premissa para uma vida completa e serena, na qual não há lugar para as sombras que o ego se esforça tanto em produzir.
Como seres plenos e divinos que somos, tudo de que necessitamos está dentro nós mesmos. Para ver isso, basta gastarmos mais tempo dentro de nós e menos tempo com tudo o que nos é exterior. No mesmo dia em que pensei nisso tudo, eu ouvi, não por acaso, em algum lugar, uma frase que resume perfeitamente minha jornada evolutiva com a ayahuasca: "Quem olha para fora, sonha. Quem olha para dentro, desperta".
Camila Galvão Oliveira, jornalista, Ritual do portal de ativação galáctico, de 11 a 15 de abril de 2007.

"Renascimentos"

A morte é sempre dolorosa, mas o renascimento que a ela se segue promete vida nova e um caminho a desvelar. A lembrança marcante dos dois sentimentos levarei comigo e ambas, conjuntamente, serão ingredientes importantes para o trabalho que se segue. "Desta vez iniciamos o Trabalho com a luz Maior. O caminho se abre e se descortina a escada da ascensão, e nos vem a certeza de que todas as oportunidades nos serão dadas no momento oportuno." Fernando. "Buscar dentro de nós as respostas! Como podemos viver melhor, sermos melhores, sabermos que somos parte da Essência Divina." Fátima. "A Força clareou o caminho, percebo a cada insight que sou divina, tenho força, inteligência e Luz para trilhar o meu próprio caminho. O Chá me ensina a maturidade, e trás a responsabilidade da minha vida e da minha cura para mim mesma." Lisandra. Festival Espiritual de Renascimento De 05 a 08 de Abril de 2007.

"O Amor"

Oi Paulo! Que saudade de vc, nosso companheiro especial de jornada. Queremos agradecer seu companheirismo, paciência, dedicação e amor, que percebemos já logo no início da nossa chegada. Foram dias de aprendizado, de redescobrir sentimentos e ajustar emoções, de contato com a natureza nesta floresta maravilhosa preenchida de beleza e luz. Que surpresa a nossa ao depararmos com tais experiências, tão necessárias e gratificantes. Quanto encontro, quanta paz, quanto amor. Descobrimos que nos amávamos muito mais do que imaginávamos. Vimos como a vida é feita de ciclos que se transformam na hora certa e definida a cada um. Parabéns por sua luz e sua integridade no seu trabalho fortemente espiritual. Este amor incondicional que aprendemos a sentir em maior proporção aí, devemos à luz da floresta, à esta bebida sagrada que o astral nos permitiu conhecer e à vc que nos proporcionou tudo isso. Amamos vc e o Blue, nosso também guardião de jornada. Esperamos que o universo conspire à favor de nossa volta breve. Abraços afetuosos...
Marli, Camilla, Andréia, Maria Júlia e Fábio. Ritual do Amor de 12 a 14 de janeiro de 2007.

"A EXPERIÊNCIA"

Minha formação religiosa é o espiritismo científico codificado por Kardec. Sempre fui adepta da lei reencarnacionista e principalmente da de causa e efeito. Em razão disso, nunca acreditei em artifícios materiais que pudessem me aproximar do plano espiritual, por isso, tenho aversão a qualquer tipo de droga e nunca as experimentei. Somente decidi consagrar a Ayahuasca após muita pesquisa e especialmente, após a leitura da entrevista do físico Patrick Druot, pós-graduado na Universidade de Columbia, que estudou a combinação das plantas que constituem o chá e constatou a inexistência de efeitos colaterais e dependência. Ontem à noite, participei da experiência mais extraordinária de toda minha vida.
Em nosso Ritual o altar foi preparado com a presença do Cruzeiro, vela, dos quatro elementos e um vaso de flor vermelha com 2 botões. Foram quatro horas de jornada. (...) Era noite, mas o céu lilás. Uma força me levava para o alto e uma caixa vermelha havia sido posta a meu lado. Não fazia idéia de onde estava sendo levada. Mas o meu coração batia calmo e tranqüilo e uma voz me pedia para eu me entregar àquela viagem. Cheguei ao destino. Uma imensa cortina púrpura estava à minha frente. Atrás dela, alguém esperava a minha chegada. A surpresa era para ambas. Nesse momento, um homem maduro, vestido com uma túnica branca, de testa alta e cavanhaque bem desenhado iniciou a abertura daquele imenso pano que ocultava o ser mais mágico que conheci e amei em toda minha vida...
As cortinas foram se entreabrindo, sem pressa, e quando mirei quem estava diante dela, meu coração físico disparou seus batimentos, num ritmo frenético, nunca d'antes experimentado. Minhas mãos se aqueceram como se estivessem em brasa, para poder correr para os braços daquela que me deu a Vida. Depois de quinze anos de ausência física, pude dar um abraço vigoroso e emocionado na minha mãezinha. (...) Que saudade! Quanta emoção! (...pausa...)
As lágrimas corriam incessantemente como rios de felicidade e gratidão pela benção espiritual de poder revê-la e abraça-la como se ela estivesse bem aqui, no plano físico. Foram longos abraços e soluços de fazer a respiração calar - uma emoção indescritível - que torna-se até letra fria nessas linhas digitadas.
Mas a jornada estava apenas na metade, pois o melhor de tudo ainda estava por vir. E foi aí que eu tive a plena certeza de ter acessado uma dimensão, muito além da minha imaginação. O Homem de túnica, que depois reconheci ser Saint Germain lembrou-me de abrir a caixa, argumentando que dentro dela se encontrava o presente que o Reino Astral havia reservado para mim. Nem eu, nem minha mãe fazíamos idéia do que habitava o interior daquela caixa vermelha. Segurei a tampa, com cuidado, e quando a abri, havia um papel escrito a seguinte sentença: "PERMISSÃO AUTORIZADA, PODE PARTIR". Não entendemos, a princípio, o significado da mensagem mas logo fomos esclarecidas pelo Homem a respeito. A grande benção revelou-se: eu poderia trazer minha mãe de volta comigo e assim curar a grande chaga causada por sua ausência.
Mais uma vez a emoção transbordou quando fomos noticiadas do reencontro eterno. Nesse instante, uma entidade feminina, assemelhada com uma índia anciã surgiu e esclareceu que minha mãe sempre esteve ali à espera de alguém que a amasse verdadeiramente e quisesse resgata-la. Acrescentou que, o consciente humano coletivo vem sendo iludido por muitos anos, com a idéia encrudescida de que a morte se traduz em perda. Nesse compasso, as pessoas passaram a crer na existência de mundos estanques - um para os "vivos" e outro para os "mortos" - o que ocasiona um sofrimento incomensurável mútuo quando um ente querido "muda de vida", gerando sentimentos de angústia, dor e um imenso vazio.
A velha índia, então, nos acompanhou até minha casa, onde mamãe pode rever o pai dela, meu avô e deslumbrar-se com seu iluminado netinho. Percebi, dessarte, que, de fato, havia criado aquela realidade dura da separação entre os dois mundos e sofria muito em razão disso. Agora, não só pude rever minha mãe querida, como também traze-la para morar com nossa família. De igual sorte, nos foi revelado que seu renascimento será breve, como minha filha, perpetuando, desse modo, o elo umbilical de amor que sempre nos uniu. Despedimo-nos da velha e sábia índia, que se transformou numa ave branca e regressou para o céu lilás do Reino Astral.
Agradeço ao Cosmos, ao poder sagrado da Ayahuasca e a todos os Anjos, Arcanjos e Mentores Espirituais que arquitetaram, de forma tão bela, a entrega desse maravilhoso presente de luz. No dia seguinte, um dos botões que estava no vaso de flores vermelhas sobre o altar ritualístico se abriu, na cor rosa e num formato muito especial de um recém-nascido: um novo ser que retorna à Terra, após a descoberta do Poder Divino que habita dentro de si. Decidi compartilhar meu experimento, pois tenho a certeza de que recebemos, através desse chá sagrado, um molho de chaves que estão prontas para abrir as cerradas portas que nos distanciavam do Universo Espiritual, concedendo-nos o poder de construir e reconstruir nossas vidas rumo à felicidade plena.
Marta Hoffbauer, Belo Horizonte, servidora pública, Ritual da lua Crescente, 30/10/2006

"Religion University of Chester"

Caro Senhor.
Me chamo Andrew Dawson e sou professor de estudos da religião na universidade de Chester, Inglaterra. Gostaria de fazer uma visita à sua comunidade com a intenção de aprender mais da Ayahuasca e as atividades de sua comunidade. Meus estudantes têm muito interesse na religião da Ayahuasca. Acha que podemos combinar uma visita? Gostaria de passar algum tempo no ano 2007.
Muito obrigado pela sua atenção.
Andrew Dawson
Senior Lecturer in the Academic Study of Religion University of Chester, 20/09/2006.

"Reencontro"

Salve Di Paula, que saudades já.
Antes de mais nada eu e Di gostaríamos que soubesse que você é muito especial e importante pra nós. Te chamo de irmão que é a palavra que melhor traduz esta coisa boa. É um lance de essência, de transcendência. A experiência de sexta a tarde foi uma das melhores que tive. Um universo de coisas que aconteceram. As luzes e formas lindas apareceram e depois do vislumbre e "entrava nelas" e dentro delas havia mais um universo de coisas, e então eu entrava novamente nas luzes e dentro delas mais coisas, então passei a entender que eu estava mergulhando em mim. E foi assim por um bom tempo até que cheguei num lugar escuro com uma bola parecida com uma romã flutuando e nela tinha um buraco. Eu fiquei curioso e fui ver o que tinha lá dentro e assim que entrei , tive a visão exterior da bola e do buraco, e de onde entrei saiu uma mão segurando um dragão chinês pequeno e então soltou o dragão. Então a imagem voltou para dentro da bola e eu estava no céu, acima das nuvens, fui descendo até chegar sobre uma conhecida montanha e lá sentando num banco de madeira também conhecido estava Lao, meu mestre espiritual, minha alma, meu eu interior e conversamos muito mesmo. Fazia muito tempo que eu não o encontrava, talvez por eu não me permitir mergulhar tão profundamente em mim. Me passou muitos ensinamentos pela simplicidade e me mostrou que amar é o caminho e demonstrar este amor é necessário.
Nesta experiência eu compreendi que temos que aceitar, amar e entender todos os seres nossos irmãos da mesma origem. Quando entendemos sua natureza, deixa de ser desconhecido e passamos a amar também. E o amor é transcendente, é entendido em todas as linguas, dimensões, níveis evolutivos, enfim, quando se ama sinceramente, se é amado naturalmente. Bem, aconteceram tantas outras coisas, encontrei respostas para tantas outras perguntas, além de ter reencontrado meu lado espiritual graças a oportunidade que você me concedeu, que você me confiou. Obrigado! Meu grande e amado irmão, fica com a Força sempre. A Di está te mandando um abração também.
Rodrigo Bom. Festival Espiritual da Independência de 06 a 10 de setembro.

"Amigos"

Amigos, antes de mais, cumprimentos a partir de Portugal. Apresento-me, sou um escritor potuguês com as seguintes obras publicadas, a saber:
- "Ordem do Templo: Em nome da fé Cristâ" (Ulmeiro, Potugal, 2000)
- "História e Mistérios dos Templários" 2ª Edição Esgotada (Ediouro, Brasil, 2001)
- "Escritos Errantes (histórias leves como o vento mas tocantes como a tempestade)" (Senso, Portugal, 2002)
- "Ku Klux Klan: Pesadelo Branco" (Magno, Portugal, 2003)
- "Tripla Imparável I: Juventude em Acção" (Magno, Portugal, 2005)
- "Os Templários e o Brasil" (Flâmula, Brasil, 2005)
- "Templários em Portugal (a verdadeira história)" (Ícone, Brasil, 2005)
Para além disso, sou o Director da revista "Das Brumas do Templo e do Graal." (www.brumas.org), e, ainda, cronista dos seguintes jornais: O Templário, Tribuna da Marinha Grande e O Almonda.
Aproveito a oportunidade para dar-vos os parabéns pelo vosso website e trabalho desenvolvido em prol de temas que tantos nos unem. Espero, sinceramente, que este meu singelo contacto possa ser respondido e, assim, possamos trocar ideias, estreitando a ponte entre Portugal e Brasil.
Respeitosamente, Pedro Silva, Portugal, 28 de fevereiro de 2006

"Sincronicidade"

Ola Di Paula como você está? Desde já quero pedir desculpas pelo texto, pois está sem acentuação pois aqui nos Estados Unidos não se usa, então o teclado do computador não acentua corretamente.
Fiquei sabendo da Luz da Floresta por um grande amigo, no começo achava estranho você ter que ingerir algo para se auto conhecer ou mesmo ter contato com algo superior. Já tive a oportunidade de experiência em 2005 mas por algum motivo não compareci, mas como a força do chá nos escolhe tive a oportunidade novamente e com a proximidade de uma mudança em minha vida resolvi aceitar a oportunidade e vencer muitos de meus medos. Desde o começo fiquei meio nervoso e ansioso, fazendo perguntas as pessoas que foram juntas comigo, pois o medo estava a todo o momento em meu lado porque não saberia o que sentiria ou mesmo os sentimentos que poderiam fluir dessa experiência. Quando cheguei no lugar fiquei tomado pelo misticismo e beleza da LUZ DA FLORESTA e aos poucos fui ficando mais calmo e seguro pois a segurança que a sua pessoa passava fez com que tudo aos poucos tornasse mais claro e interessante. Sempre fui uma pessoa que desacreditava de tudo o que não tinha comprovação visual, fazendo com que as vezes fosse um pouco ignorante com certos assuntos, um dos motivos que me fez experimentar a ayahuasca pois queria me descobrir e melhorar espiritualmente. Quando comecei a sentir os efeitos da ayahuasca, fui ficando mais confortável e aproveitando das situações que ele me proporcionava. Fiquei tranqüilo afinal estava rodeado de pessoas boas então minha primeira jornada não poderia ser melhor, como eu mesmo me auto denominava eu estava explodindo de tanta felicidade! Foi tudo muito perfeito afinal eu fui para a LUZ DA FLORESTA com objetivos traçados, não apenas pela curiosidade mas sim em busca de uma ajuda espiritual. Depois disso foi se tornado com certeza um dos melhores finais de semana da minha vida, porque eu saberia que na segunda feira eu estaria a frente de uma nova jornada e para isso nada melhor que novos pensamentos novas atitudes. Alem de toda a beleza da experiência, das pessoas e do lugar, fomos envolvidos por um clima maravilhoso de amor e SINCROCINIDADE entre todas as pessoas, a felicidade não estava só em mim mas sim em todos os seres desse maravilhoso lugar que você tem o privilégio de morar. Através desse email, eu só tenho a agradecer a você por poder proporcionar essa experiência maravilhosa que fez com que eu encontrasse com uma pessoa especial dentro de mim e uma pessoa melhor ainda que criou todo esse mundo maravilhoso para podermos aproveitar. Estou aqui longe atrás de meus sonhos e com certeza quando retornar ao Brasil, voltarei a LUZ DA FLORESTA para conversar mais contigo e contar todas as situações que o homem lá de cima me proporcionou nessa aventura. Grande abraço
Thiago, EUA, 22 de fevereiro de 2006

"É muito bom saber que existe...."

É muito bom saber ... Que existem pessoas no mundo capaz de nos mostrar o quanto é importante viver... O site está espetacular... Nem sei por onde começar, mas para já quero que saiba que este trabalho é reflexo daquilo que és e as pessoas como tu são seres muito iluminados... Vou ter muito prazer em visitá-los.. Obrigada por proporcionar saber mais desta caminhada dos nossos irmãos que cada vez mais vem mostrar que o Santo daime é ser supremo.. Um grande abraço e muita firmeza para esta jornada!! Em breve estarei ai!! Ao irmão Di Paula meus parabéns pelo trabalho que tens feito.
Rosiana Soares Gomes 20/01/06

"Descobrindo Deus em nós"

Com o céu estrelado e uma lua cheia no céu, fui apresentada à "Luz da Floresta", um lugar incrível! Pouco dava pra ver o lugar devido à noite, embora a lua estivesse marcando sua presença. Mas pela manhã, a floresta acordou, e se iluminou pelos raios do Senhor Sol! Incrível! Inesquecível! A "Floresta" é linda! Meus olhos não estavam acostumados a ver tanta beleza, tanta natureza vivendo, em paz, sob a luz do Divino. Não demorou muito e eu já estava me sentindo mais perto da minha natureza, em contato com o meu Divino, bem no interior! Os banhos no lago, purificando, as caminhadas pela floresta, despertando, de dia o Sol, brilhando, e de noite a lua, aquietando! A companhia dos irmãos de luz, cada um ao seu modo, colaborando para a identificação de nossa multiplicidade! E por fim muito amor, por mim mesma, pela natureza, por Deus, e por todos os seres vivos! Obrigada Di Paula por existir e tornar toda essa experiência possível! Claro, esqueci de mencionar o grande guardião e protetor, Blue Sky! Obrigada também! E para finalizar, gostaria de deixar uma mensagem bastante propícia para este lugar, onde afinal é realmente possível ouvir e ser a sua voz interior:
"Se você se aquietar e prestar atenção ao seu eu interior, você ouvirá a sua voz, que com variações dirá: Eu sou o Deus eternamente amoroso, o Criador eternamente presente que mora dentro de ti, que se move através de ti, que se expressa como tu em miríades de formas, como tu, e tu, e tu, como os animais, como as árvores e o céu e o firmamento, como tudo o que existe. Habitarei em ti, e se me permitires agir através de ti, ser conhecido através da tua mente, ser sentido através de teus pensamentos experimentarás o Meu poder ilimitado. Não temerás esse poder, que se manifesta em todos os níveis. O poder é grande, mas entrega-te a Mim. Entrega-te a este poder a esta torrente que se lança vigorosa, que te fará chorar, que te fará sorrir, ambos em alegria. Porque tu é EU e EU sou tu. Não posso atuar nesse nível sem que sejas meu instrumento. E se Me ouvires, guiar-te ei em cada etapa do caminho. Sempre que estás na escuridão, estás distante de Mim. E se te lembrares disso, darás os teus passos para voltar a Mim. Não estou longe. Estou aqui, em cada partícula do teu próprio ser. Se fizeres a Minha vontade, tu e Eu nos uniremos mais, e Eu farei a tua vontade."
Mariane Wegmann. Universitária de Psicologia S/P. 17/01/06

"Aniversário de 3 anos"

Na comemoração do aniversário da Luz da Floresta foi a própria natureza quem veio presentear-nos pela entrada no 4º ano de trabalhos, entendimentos, iluminação e busca incessante de aperfeiçoamento do ser, de sua integração consigo mesmo e com o universo. A chama da fogueira não se apagou, o sol e a lua participaram conosco por todos os dias, despejando sobre nossa celebração a androgenia do cosmo e trazendo compreensão da renovação que se opera em nossos espíritos. As estrelas inundaram o céu de caminhos luminosos de fantástica beleza; eram tantas que nenhuma parecia ter deixado de comparecer ao nosso convite. De tantas maravilhosas trilhas, nossos seres percorreram a constelação de Órion, e juntaram-se a Sirius, o guia, para com ele rumar em direção a Saturno. A terra mostrou-nos sua harmonia com o plano celeste, através das centelhas de luz que acendiam da fogueira de encontro ao firmamento e do orvalho da madrugada que carinhosamente recaia sobre a floresta viva. A partir do 4º dia de celebração os entendimentos se intensificaram ainda mais, elevando-nos a um estado de jubilo e encantamento total pela vida e por toda a incessante atividade universal. O mistério revelou-se então como algo sempre presente na vida do ser humano; a todo momento diante de nossos olhos, habitando a imensidão que contorna o foco do nosso olhar. Real e simbólico ao mesmo tempo, representando a dualidade da mente: No foco está o nítido, mas isolado pedaço - O consciente. Na periferia está o visível, mas indecifrável todo - O inconsciente. Mergulhar na luz é sentir-se andrógeno para ver a ambos num só panorama: parte e todo, um e tudo, consciente e inconsciente. A Montanha Sagrada também nos trouxe um presente majestoso, pois em noite límpida, de céu estrelado, com uma imensa lua cheia precipitando sua subida pelo firmamento, revelou-nos o mágico momento em que o vale da luz transformou-se em um enorme lago de nuvens, rodeado de montanhas por todos os lados e tendo em seu centro duas grandes ilhas, formadas pelos topos dos montes. A força indicou-nos também uma presença ainda maior do Tarô Mitológico nos trabalhos, primeiramente com o surgimento das Trilhas dos Arcanos e completou-se com uma nova disposição das cartas. Os entendimentos levaram-nos também a reconhecer a importância da androgenia no processo de evolução do ser humano, onde se mostrou imprescindível o despertar do lado feminino no homem, através do pensar criativo e intuitivo, e do despertar do lado masculino na mulher, por meio da presença ativa e realizadora. Ao fim dos trabalhos a força encerrou as celebrações concebendo mais um ser de luz para somar e intensificar ainda mais a "Luz da Floresta". Que a Luz da Floresta, ao limiar desta nova era de intensa busca pelo auto-conhecimento e pela espiritualidade, possa ser uma significativa fonte de claridade no caminho de cada peregrino que se lançar aos confins de seu mundo interior em busca de si mesmo. Este é o sincero desejo dos seres de luz, que lado a lado, já empreendem esta jornada.
Marcelo de Abreu 17/01/2006

"Vida nova"

Aline, a força veio como um vento forte e atingiu-te, arvore frondosa, arcando teu tronco até que quase se partisse, tencionou tuas raízes mais profundas e se foi, levando em seu sopro transformador todas as suas folhas secas. Impeliu para longe de ti todas essas velhas folhas que são as moléstias, os maus pensamentos e as tristezas. Deixou-te quase nua, é verdade, mas também te fez mais leve e renovada. Em seus galhos onde antes insistiam em permanecer aquelas velhas folhas mortas, prepara-se o nascimento de vida nova em forma de folhas verdes, flores e frutos. Observa-te doce amiga e repara o florescer da primavera em teu corpo.
Com muito amor de seu amigo Marcelo. 16/01/06

"A união faz a chama!"

Esta foi a mensagem que nosso irmão Di Paula transmitiu-me antes de, com nosso sopro conjunto, transformarmos as cinzas em labaredas de fogo na fogueira sagrada. E foi nestas palavras que encontrei a síntese de tudo o que aconteceu em minha ultima visita à Luz da Floresta, na companhia de minha grande amiga Aline. É profundamente desconcertante a forma como a Força se manifestou em minha vida, trazendo-me entendimento do sentido de minha existência dentro de um plano tão perfeitamente equilibrado e lindo como é o nosso universo e, em especial, a nossa Terra. Afinal, que energia além da emanada pela infinita sabedoria de Deus poderia ser tão generosa a ponto trazer-nos a salvação pelas mãos daqueles que desejamos salvar? Agradeço meu Deus, por todos estes seres de luz que colocastes em meu caminho para iluminar a minha jornada pela Terra. Que tudo o que falastes ao meu coração me torne digno e merecedor de tantas luzes e que possamos sempre alimentar essa chama do bem mutuamente. Obrigado irmão Di Paula, pelo fraternal amor com que voce tem acompanhado não só a mim mas a todos aqueles que humildemente vêm à Luz da Floresta encontrar a si mesmos. Obrigado querida Aline, por ter sido a minha chama mais luminosa.
Marcelo de Abreu. Universitário de história 21/12/05

O trabalho Equinócio de Primavera trouxe-nos inúmeros entendimentos, dentre eles, a mim compreendido, o do Condor e o Unicórnio Alado.
No Ritual noturno de sábado, estivemos concentrados no interior da casa, após consagrar o Chá Sagrado e a consulta do Tarô, iniciamos nossa viagem rumo ao autoconhecimento.
Iniciei minha viagem buscando aplicar os conhecimentos obtidos com a obra A chave do reino interior, que o irmão, companheiro de jornada, Di Paula, deu-me a oportunidade de conhecer. Conforme a força veio tomando conta do trabalho, os sentimentos foram se transformando, a firmeza possibilitando o encontro do caminho, o pensamento no equilíbrio, a voz do coração harmonizando a jornada. Foi então que em uma miração encontrei um nativo, com suas vestimentas em couro, colete, botas, calça, penacho sobre a cabeça, adereços, pinturas em sua face. Fiquei impressionado com a beleza daquele homem, perguntei-lhe quem era, o que queria comigo ou onde queria me levar. Quando mirei uma ave em seu antebraço direito, não sabia se era uma águia, um falcão... o nativo disse-me que "se tratava de um condor e que utilizava seu poder de voar alto para identificar se há perigos em seus caminhos, assim podemos seguir nossa caminhada tranqüilos, e caso tenhamos que seguir por alguma estrada que o perigo é inevitável. Também utilizo-o para combater, pois sua visão é muito elevada e mostra como devemos atacar o mal e seguir adiante. Após ter este contato com o nativo, busquei analisar novamente quem ele era, ao ligá-lo ao Condor, pássaro sagrado para os incas, tive o entendimento que aquele nativo era um deles."
Logo em seguida, voltei à concentração buscando novos entendimentos, quando me deparei com um unicórnio, tão branco que ofuscava minha visão, senti-me convidado a montá-lo, pois ele transmitia um ar dócil como se eu o estivesse domando, não tive mais dúvida, montei em seu dorso, era muito confortável, senti-me pronto para viajar com meu novo parceiro. Foi quando ele abriu suas lindas asas, percebi então que ele era alado, segurei com cuidado mais firme em sua crina, havia um contato recíproco entre minha mente e meu parceiro. Levantamos vôo, subimos alto até alcançar as estrelas, ele captava, através de seu chifre, as energias do Cosmos e a mim transferia, eu interiorizava estas energias, compreendia e exteriorizava através dele pelo mesmo canal de captação. Viajamos por planetas, estrelas, ensinando-nos como o universo é infinito, assim como nosso aprimoramento de consciência.
Se buscarmos utilizar o Condor para auxiliar em nossa jornada na Terra e o Unicórnio Alado em nossa jornada para as estrelas, teremos a chave para transcender e encontrar nosso reino interior.
Mauricio, universitário, 27/09/2005

A caminhada é dura, entender pela razão é quase impossível, o melhor é sentir.
Vejo hoje que, na primeira vez que eu fui à Luz da Floresta no dia 19/06/05, estava desconsolado, largado ao acaso, e mesmo nessa vibração o "trabalho" mostrou-me coisas lindas, foi limpando meus pensamentos, melhorando minhas atitudes e indicando muita evolução. Já fazia um mês que eu me alimentava de carne bovina e frango. Corrigi minha alimentação, perdi 8 kg, sentia-me mais saudável, porém, ainda havia "sujeira" em mim, podia sentir isso!
Na segunda vez em 03/07/05, o "trabalho" mostrou-me o caminho da limpeza interior. Senti como se estivesse em um hospital, na minha mente a frase "vamos limpar este corpo", neste instante senti rajadas fortes em meu estômago, o que me levou a vomitar bastante. Fiz o que tinha que fazer! Para terminar o encontro, Di Paula e eu fomos no Espaço Luz, onde acendi a fogueira, a simbologia encerrou aquela jornada. Tudo de mau foi queimado e expelido do meu corpo.
Na terceira vez, dia 06/08/05, a palavra em meu pensamento era "firmeza", senti muito amor pela floresta e muita força. A noite estava serena, no céu lindas estrelas brilhavam, algumas também cadentes. Havia uma linda fogueira para aquecer o corpo. Fiquei horas dentro da casa ouvindo os mantras, e às vezes caminhando pelos arredores da casa, mergulhado em meus pensamentos, havia muito entendimento comigo mesmo naquele instante. Assim a noite acabou!
Na tarde do domingo, eu sentado sobre a grama, observava a vegetação rasteira, a floresta ao fundo interagia comigo àquela força presente. Fiz o meu resgate, cabe a você fazer o seu!!!!!
Gilberto, 09/08/2005

Olá, Cristina Alves e Di Paula
As fotos do Festival da Humanidade ficaram demais, comprovando a união, companheirismo, e tudo aquilo que buscamos proporciopnar para nossa Egrégora nesse Encontro.
Ao vê-las senti que contribuímos para beleza desse lugar abençoado e tão belo, participando de mais um encontro em busca de nosso eu interior.
Gostaria ainda de dizer que estou sentindo uma força muito maior em busca de meus objetivos mais sinceros e que botando lenha na fogueira, fazendo a chama levantar, com certeza essa chama vai me transformar.
Quero manifestar meu sentimento a vocês queridos amigos, de que estão presentes no fundo do meu coração como duas pessoas que dispensam qualquer tipo de comentários.
Obrigado por tudo e desculpe alguma coisa.
Até logo, Mauricio, 24/05/2005

Prezados amigos Kiki Alves e Di Paula
Muitas vezes cometemos injustiças quando não reconhecemos ou agradecemos o que nos é feito de bom. E estaria eu cometendo uma se não enviasse este, pois a experiência vivida em nosso encontro foi algo realmente fantástica, além de marcante; confesso que ainda estou em estado de graça.
Neste primeiro encontro foram tantos os entendimentos e compreensão que tive do meu ser que fiquei maravilhado. Confesso também que ainda não assimilei tantas informações e respostas que obtive do meu inconsciente e sei que ainda tenho muito a aprender para me tornar melhor, mas assim que tiver assimilado um pouco disso tudo, espero poder estar com vocês novamente para continuar esse processo.
A simplicidade, paz e carinho com que vocês têm para com as pessoas é realmente ímpar, sem dúvida vocês são pessoas muito especiais.
Um grande e caloroso abraço para vocês e para o Irmão Blue Sky.
Jean, 10/05/2005

"Somos Guerreiros de fino trato"

"Somos guerreiros de fino trato, nascemos da semente de um cipó sagrado, herdamos a força da natureza...
Sinta a leveza de nossos passos,
A harmonia de nossa dança, a risada é nossa espada e o sorriso nosso escudo.
Vivemos evoluindo em dois mundos escolhendo entre o ego e o inconsciente...
Nossa sede saciamos como um beija-flor, nosso descanso é no equilíbrio entre o Lago do Sol e o Templo das Deusas. Somos Guerreiros de fino trato...
Imay, universitário

"A visão das raízes!"

Queridos e amados Di Paula e Cristina Alves,
Quero agradecer por tudo! A experiência mais maravilhosa, transcendental e divina que já tive nestes meus 26 anos de idade. O mundo precisa de mais pessoas como vocês para nos mostrar a porta do caminho. Verdadeiros guias espirituais e, principalmente, amados amigos e irmãos.
Tenho-os como verdadeiros mestres de jornada e com certeza a Luz da Floresta ganhou mais um discípulo.
Todos os momentos do Equinócio de Outono estão marcados na minha mente de forma muito intensa. Desde o carinho e sabedoria da irmã Cristina Alves, até ao transcendentalismo e paciência do irmão Di Paula.
Minhas experiências foram interessantes e gostaria de enviar-lhes uma delas: A Visão das Raízes. Momento inesquecível foi no lago, no momento de acender a fogueira. A UNIÃO FAZ A CHAMA!!! Muita verdade nestas palavras! Gostaria que deixassem um abraço para nossos amigos Adão e Eva, que ficaram no Espaço Yang! E um abraço muito carinhoso e cheio de saudades ao meu irmão querido Blue Sky!
Achei fantástico como o Chá Sagrado pode nos deixar num estado extremamente coletivo de sintonia. Ainda agora me lembro de coisas que apenas com poderes psíquicos poderiam ocorrer. Troca de informações através dos pensamentos, enfim... Fiquei muito feliz com o e mail de vocês. Fiquem com Deus e até a próxima vez! Muito Obrigado!


A Visão das Raízes
Após tomar o Chá Sagrado, entrei em meditação. Alguns minutos depois, senti a força começando a se manifestar, não consegui ficar com os olhos fechados e fiquei a admirar a lua crescente. Estranhamente a lua me chamava a atenção e de repente as nuvens começaram a passar muito rápido e senti a lua se aproximando, cegando-me com forte luz. Senti vertigem e resolvi tirar o sapato e colocar os pés na grama. A conexão foi imediata e senti como se estivesse enraizando até as profundezas da Terra.
Senti um carinho muito forte e um sussurro se fazia em minha mente. Ainda não sabia o que era. Não conseguia abrir meus olhos e vi a coisa mais interessante da minha vida. Tentáculos, detalhadamente psicodélicos e perfeitos, nas mais maravilhosas cores, entre outras coisas.
No início senti um pouco de medo... meu ego me pedia para me manter afastado e fiquei o tempo todo apenas observando. Com o tempo, eles brincavam comigo e faziam "gestos como se me chamassem", brincalhões e lindos! A força foi passando e decidi abandoná-los.
No intervalo, Di Paula comentou sobre o Ego e o Ser com alguns amigos, e senti que aquilo era para mim um grande combate entre estas duas entidades foi travado dentro de minha mente.
Um dia gostaria de deixar registrado o diálogo entre eles. Adianto que muitos problemas da minha vida foram resolvidos naturalmente. Pessoas, mágoas, etc , já na segunda-feira entraram em contato comigo depois de meses, em missão de paz. E a Paz foi feita, graças ao Criador e à Grande Mãe!
Mas voltando às raizes! Comentei com meu irmão antigo, Guinomo, sobre minha visão e ele disse para eu me entregar. Algo dentro de mim confirmou o conselho.
Ao tomar a segunda dose do Chá Sagrado, coloquei os pés no chão novamente e aquela sensação de conexão se fez. E novamente os tentáculos. Agora eles pareciam mais a vontade e íntimos. Pedi força e coragem e iniciei meu mergulho até eles. Durante muito tempo cai, até não mais saber se caia ou voava, se eles estavam no chão ou no horizonte. O sussurro da primeira vez, apareceu mais forte. Era a voz de uma mulher (que me acompanhou nos dois dias seguintes e ainda hoje escuto baixinho sua voz), mulher madura, logo senti um carinho de mãe. Ela disse: Se entregue! Não são tentáculos... São raízes... as raízes do seu Ser... do seu Eu interior ...
Eu fui ao encontro destas raízes vivas que me abraçavam e me confortavam. Senti vontade de chorar como se encontrasse alguém que a muito não encontrava. Os tentáculos eram quentes e carinhosos e me puxavam para dentro deles. Entre eles fui entrando por muito tempo, muitas coisas da minha vida, lembranças que com certeza desta vida não são, apareceram. Eu vi uma Luz, forte e intensa... resolvi parar e admirar.
Iniciou-se um dialogo:
- Meu filhinho! Volte a raiz, a origem...
- Mas voltar siginifica regredir!
- Não, nem sempre... imagine uma árvore invertida... as raízes estão para cima... então, significa que você saiu de algo supremo, e agora está lutando para voltar. Eis o sentido da vida! A raiz é o segredo! A chuva, as fontes, os rios sempre fluem ao encontro do oceano... de volta a origem, a raiz... Buda descobriu o Nirvana e onde ele está?
- Dentro de nós... o Nirvana é um estado de espírito, certo?
- Correto meu filho e segundo Jesus, onde está o Reino de Deus?
- Dentro de nós...
- Deus está em todo lugar do universo... desde o vasto vácuo, até a menor das frestas, mas onde o encontramos facilmente?
- Dentro de nos...
- Sim, por que sois sua imagem e semelhança... LUZ! Não sinta medo de prosseguir... aquela luz é você, aquela luz é Nosso Pai... vá até Ele... todas as coisas crescem em direção ao Sol e todas as coisas voltam à origem... faça como todas as coisas e não adie o inevitável.
- Mas não me sinto digno... sou um pecador ...
- e quem não é, meu filho?
- Eu nao entendo! Quem é você? sua voz é doce e me conforta... sinto que te conheço há tanto tempo... você foi minha mãe em outras vidas?
- (risos) fui tua mãe em todas as tuas vidas, pelo menos aqui na Terra, e ainda sou!
- Nao entendo... minha mãe não tem esta voz...
- Sou aquela que te alimenta na vida e que te recebe no renascimento. Teus ancestrais me chamavam de muitos nomes, mas meus filhos hoje me chamam de Terra.
Entrei num estado de choque e choro neste momento. O Sagrado Feminino... nossa mãe Gaya... era muito para mim e meu ego começava a se manifestar novamente.
- Por que é tão difícil acreditar Filho? Por que vocês complicam o que é fácil e simples. Está conectado a mim e Eu a você e a milhares de outros Seres neste exato momento. Aceite isto. Vá para luz... suba em direção a tua raiz... teu Ancestral Místico te espera.
Infelizmente eu não consegui prosseguir... não consegui chegar aquela luz estranhamente linda. Ela foi desaparecendo e os tentáculos também...
Levantei cambaleante e o êxtase era tão forte que eu precisava correr...
No outro dia, enquanto fazíamos a fogueira, conversei com nossa Mãe e ela disse para eu ter paciência, pois ninguém consegue da primeira vez e terei outras oportunidades de alcançar a luz. Vi tudo isto de muitas formas! Espiritual, mental e simbolicamente também!
Depois disto, minha sensibilidade ficou por demais aflorada e tive contato com muitos seres e muitas provas de que nossos ancestrais foram abençoados e divinos na descoberta do Chá Sagrado.
Certo momento, pensei no que deveria fazer para me purificar e vencer meu ego. Um louva-Deus pousou no meu ombro. Bem... acho que esta foi a resposta.
Rodrigo

Di Paula e Cristina Alves,
Quero aproveitar a oportunidade para desejar a vocês muita paz e iluminação.
A sensação das horas em meditação em meio à natureza produz como resultado satisfação contínua que se revela nas pequenas coisas de nosso cotidiano: calma para resolver os problemas, maior concentração para o trabalho, a certeza de que tudo se resolve, o sono tranqüilo.
Participar desse Encontro foi como voltar a estaca zero e começar tudo de novo sem traumas, medos ou decepções, valeu!
Um abraço para vocês dois - companheiros de jornada - e também para o Blue.
Sandro, engenheiro químico"O encontro da nossa Essência"

Seres de muita Luz, seres mais que encantados, Cristina Alves e Paulão, amo vocês de Coração e Alma...
Palavras são só palavras, não definem o verdadeiro sentimento, mas quando pronunciadas pelo coração emitem muita pureza e amor...
Pequenos gestos dizem mais do que palavras, a expressão corporal em harmonia desmonstra o sentimento de paz e felicidade...
A Luz da Floresta tem um encanto inexplicável, a natureza lhe conforta a todo instante, os sentidos são aguçados 10 vezes mais, o ar puro renova as vias respiratórias, seu corpo transpira a sua essência, o som dos grilos são como massagens em seu rosto, o círculo de energias boas lhe dá o conforto de ir ao universo com a segurança da volta tranqüila, o vento acaricia sua pele, seu coração bate em harmonia com o todo, o autoconhecimento se torna nítido, abrem-se as portas do inconsciente, a paz e amor afloram por todos os cantos, as pessoas transbordam de energia pura, a verdade fica estampada em nossos corpos, as palavras são proferidas com encanto, as cores são mais vivas, o perfume das flores suaviza e embeleza o ambiente, o canto dos passáros são melodias harmonizantes para nossos ouvidos... tudo é tão perfeito e simples...
Muitos aprendizados, muitas viagens astrais, muita sabedoria no ar, onde cada um deixa um pouquinho de si e leva um pouquinho do outro, em uma troca de energias cria-se uma harmonia suave, engrandecendo todo o nosso ser que transborda de felicidade...
Todos que tiveram comigo nessas experiências me ensinaram o grande valor do "SER", onde o AMOR a si próprio não tem preço, e o mais importante, é o AMOR ao próximo, respeitando nossas diferenças, sem distinção de cor, raça, ou religião, sendo que o que importa é a PAZ UNIVERSAL...
"Ser ou não ser, eis a questão", SER tudo que quiser ser independente dos olhares e julgamentos, seja o que sua natureza quiser, pois esse é contato direto com sua essência divina, isso é banhar-se na fonte da existência plena e infinita...
Duendes, fadas, gnomos, anjos, sereias, deuses, deusas, muito me ensinaram quando me tornei passivo e senti a presença desses seres mais que encantados...
O chá não lhe mostra a vida, ele abre as portas da mente e da consciência, para que ampliemos nossa visão para o infinito da vida, onde não há espaço nem tempo, onde as paredes do nosso inconsciente se rompem, mostrando-nos todos os positivos e negativos já praticados por nós, onde nos encontramos frente à frente com o nosso Ego, travando uma batalha de que você não é ele e ele não é você, mas em harmonia entram em um consenso de que um não vive sem o outro...
Obrigado Paulão e Cristina Alves, por abrirem a porta para a eternidade, e me mostrarem o paraíso, onde nós seres encantados numa harmonia com o todo, cantamos e dançamos, celebrando a vida eternamente infinita...
Guinomo, 17/03/2005


"A arte de recomeçar"

Na primeira parte do ritual em 11 de dezembro de 2004, durante o Trabalho de Cura, na continuidade do aprendizado sobre "energização", recebi orientações que há duas etapas para a energização, a primeira é a limpeza do campo energético e a segunda a energização propriamente dita.
Assim, comecei a fazer os movimentos indicados e senti a abertura dos chacras Laríngeo localizado na região da garganta e do Cardíaco localizado bem no centro do peito, acompanhada de uma emoção profunda e sentimentos belíssimos.
Senti a necessidade de deitar, tive a experiência da "morte", mas uma morte com alegria!
Passeava por trilhas num jardim, deitada numa cama com rodinhas, com muitas flores brancas ao meu redor, passava por muitos rostos desconhecidos e todos sorriam para mim. Eu também sorria e acenava para todos com alegria e felicidade!
Ouvi, é o término de uma capítulo da vida, a "Cristina Alves morreu!!!" E surgirá uma nova Cristina Alves, com qualidades realçadas, fortalecidas...
" ... a experiência do renascimento é acompanhada da sensação de euforia, pois houve o aniquilamento de todas as características de personalidades anteriores." *
Num outro momento, apareci como uma pessoa de vidro, transparente, estava de pé, e de repente, recebi uma martelada, minha imagem foi destruída, cacos de vidros com pedacinhos de mim estavam esparramados no chão, refletiam luzes coloridas, furta-cor.
Eu juntei estes cacos coloridos e me reestruturei, sentindo uma energia maravilhosa!
Pesquisando sobre o assunto encontrei as seguintes explicações que considero relevante acrescentar:
A quebra em pedaços faz parte de uma "iniciação xamânica", "...onde acontece a destruição da vida dentro de si mesmo afim de "ouvi-la, vê-la e vivê-la" de modo mais pleno e completo num estado superior de percepção. Sendo possível agora, ver a vida e a natureza sem distorções, por ter sido removida dos olhos a máscara da ignorância e da ilusão terrenas ." *
"...A mudança psicofísica e a desintegração da estrutura normal da existência é parte integrante do processo de transformação e autocura, acontecendo a percepção das muitas oportunidades de crescimento que a morte do ego apresenta." *Holger Kalweit
Em seguida, ouvi vozes dizendo que eu precisava receber energia de onde eu vim. Então, apareci deitada num berço em forma oval, como um disco voador todo de vidro com alças, e seres coloridos, azuis, verdes, violetas e laranjas, apareceram ( não tinham a forma humana), carregaram as alças e me levaram para as estrelas que eram de várias cores e com muito brilho. Senti meu corpo astral sendo levado.
Quando chegamos nas estrelas, estes seres e outros como eles surgiram, tiraram uma tampa da minha cabeça e trabalharam por horas, talvez dias, "retirando", "trocando peças", "curando", "transmutando", "transformando", "energizando".
Escutei vozes para que eu não levantasse, ficasse tranqüila, pois ainda não havia acabado.
Após um tempo, vi que tamparam minha cabeça. Voltei, abri os olhos e senti um bem-estar muito grande, uma sensação de felicidade, de plenitude, de encontro com o meu "eu divino".
Cristina Alves Cristina, pedagoga


"Despertar Interior"

Cristina Alves e Paulo, antes de tudo parabenizo-os por tudo, por serem pessoas tão especiais e conscientes, por fazerem um trabalho tão bom, com um chá magnífico - um grande Expansor de Consciência - (que acredito ter sido deixado por nossos Pais interestelares, Sirius, a estrela cão, afim de curar-nos e acelerar nosso processo de EVOLUÇÃO). Aí neste lugar aonde é feito os trabalhos é um paraíso, natureza pura, floresta intocada e intocável praticamente, riquíssima fonte de energia imanente, na companhia de um grande amigo cão Blue Sky. Minha experiência foi fascinante, é bom lembrar sempre, que na primeira vez quando soube do chá (por meu irmão e seus amigos que iriam até a Luz da Floresta), achei que a galera só estava afim era de pirar, então nem fui. Foi quando voltaram dizendo o que havia se passado com cada um, que percebi, havia na verdade uma outra realidade a se descobrir. Então resolvi ir, e foi fascinante, transformador, me senti muito bem e curei-me de uma dor de estômago que incomodava-me há umas três semanas com pontadas bem desagradáveis dia a dia. Mudei bastante, voltei mais disposto: estava dormindo 8-9hs por dia, e comecei a seguir uma rotina de seis horas, com maior energia no dia a dia, minha concentração aumentou também consideravelmente em diversas tarefas, futebol, aula, leituras, comecei a agir e tomar decisões mais rápidas. Agora o que posso dizer que mais significou para mim, foi a abertura, da sensibilidade para com a {{{dimensão energética}}}, isto me levou a melhorar nestas cousas que relatei. Ah se todos experimentassem, tenho certeza de que aprenderiam a viver com mais amor, harmonia, verdade. É um Despertar Interior.
Tiago, universitário

Olá Cristina Alves, tudo bem ?
Queria agradecer todos os momentos maravilhosos que passei aí na Luz da Floresta no último final de semana.
Foi uma experiência inesquecível, realmente marcante pra mim. Esse lugar é maravilhoso. Transmite muita harmonia e energia positiva, não só o lugar, mas também você e o Paulo.
Parabéns pelos 2 anos e pode ter certeza que virão muitos pela frente.
Beijos
Luciana, dentista

Relatório

Na experiência com Ayahuasca dos dias 14 e 15 de fevereiro de 04, no Núcleo Eclético Luz da Floresta, alguns de nós tivemos vislumbres/contatos com Gnomos. Este assunto/dimensão até então não havia sido considerado por nós, que o tínhamos como algo não muito sério.
Parece que estávamos enganados.
Consideremos o histórico:
Antes de irmos para o encontro, o I Ching foi consultado e nos foi colocado que estávamos em tempo de "obscurecimento da luz", que a Luz havia mergulhado sob a terra... e que quando isso acontece (e acontece periodicamente) se deve ter certos cuidados.
Pois bem, fomos com os devidos cuidados.
Na experiência de sábado, J. teve uma visão: um serzinho (gnomo?) de cara feiosa e escura com orelhas muito grandes e disformes, brancas e meio translúcidas, como aqueles cogumelos que surgiram no novo espaço aberto para a Casa de Feitio. Quando a visão foi por duas vezes refutada, seguiu-se imediatamente uma nova imagem: a de uma figurinha feminina muitíssimo delicada, de vestes diáfanas e toda adornada com pedras preciosas, movendo-se e gesticulando graciosamente, sedutoramente, dentro de uma pétala bem côncava em vários tons de rosa. Assim a visão foi aceita e se pode mirá-la por algum tempo. Sem nenhum insight no momento.
No domingo, quando do trabalho com as Máscaras de Argila, A. foi identificada com um Gnomo. Teria ficado por isso mesmo, se ela não houvesse insistido em saber mais sobre o assunto. Diante de sua curiosidade e de nossa ignorância sobre, fomos buscar maiores informações, e no valioso Dicionário de Símbolos de J. Chevalier e A. Gheerbrant encontramos um texto bastante interessante, o qual, a bem do conhecimento, ousamos aqui transcrever:
" Gênios de pequeno tamanho, que, segundo a Cabala, habitariam debaixo da terra e seriam donos dos tesouros de pedras e metais preciosos. ... Simbolizariam o ser invisível que, por inspiração, intuição, imaginação e sonho, faz visíveis os objetos invisíveis. Na alma do homem eles são como que lampejos de consciência, de iluminação e de revelação. São como que a alma oculta das coisas, orgânicas ou não; e quando eles se retiram, as coisas morrem ou ficam inertes e tenebrosas. O gnomo pode amar e odiar sucessivamente o mesmo ser. ... assumiu a figura de um anão feio e disforme, malicioso e perverso. Em troca, sua mulher, ainda menor que ele, era de extraordinária beleza e trazia babuchas nos pés: uma de rubis, outra de esmeralda. O casal, ou o gnomo desdobrado em complexo masculino e feminino, simboliza a aliança em todo ser de um lado feio e um lado belo, de um lado mau e um lado bom, de um lado terroso e outro cheio de luz. Trata-se, sem dúvida, de uma imagem dos estados de consciência, complexos e fugidios, em que coexistem ignorância e conhecimentos, riqueza e pobreza morais: exemplos da coincidência dos contrários, de conhecimento mantido em segredo ou ocultado...."
Depois destas experiências e subseqüentes buscas de seu entendimento, descubro-me ainda uma "S.Tomé" e preconceituosa, pelo que espero as divindades tenham paciência comigo e me perdoem a ignorância.
De ora em diante estarei mais atenta, I promise.
Gratíssima sempre ao poder do Ayahuasca que tem-me aberto para dimensões mais amplas de consciência e a todos os que tem servido de seus mediadores, especialmente a esta casa abençoada, a Luz da Floresta! Obrigada amados Dóris e Paulo de Paula!
J.

Minha experiência com a Ayahuasca

Na primeira vez que degustei o chá ayahuasca, no Núcleo Eclético Luz da Floresta, estava ansioso para sentir os efeitos do chá, sendo que a minha ansiedade foi tanta que devo ter bloqueado os efeitos, isto foi na primeira parte do ritual, após o intervalo então, tomamos novamente o chá, e desta vez tentei relaxar e então comecei a me sentir mais leve, apenas com o estômago embrulhado, foi quando então resolvi ir vomitar, quando terminei de vomitar, comecei a ver à minha volta tudo como se estivesse dentro de um sistema de computadores, uma visão inexplicável e indescritível, no próximo momento, passei a observar um lugar muito diferente, parecia se tratar realmente de outro planeta, com cores muito vivas, um trânsito de veículos que pareciam estarem vivos, seres naves, de cores brilhantes, dourados e prateados, e no horizonte havia uma nave muito grande, a sua forma constantemente mudava, como se fosse feita de chapas de ouro, foi o que mais me impressionou...
Já na segunda vez, aproximadamente um mês depois da experiência narrada acima, tornei a tomar o ayahuasca, desta vez, já no início do ritual, quando fechava os olhos, sentia como se o meu espírito saltasse do meu corpo, e quando abria os olhos, meu espírito retornava para o meu corpo, resolvi então manter os olhos fechados, deixando assim o meu espírito livre para voar pelo espaço, foi quando voltei a ver a nave que descrevi na experiência anterior, a vi de fora, mas muito mais de perto, percebi que o seu tamanho era muito maior de que eu imaginava, fui me aproximando e quando percebi já estava vendo o interior da nave, ao olhar para o lado, vi uma sala que tinha as paredes transparentes, como se fossem feitas de um tipo de gel azul, parecendo ser a sala de controle da nave, pois pairavam no ar "controles" onde os seres manipulavam, talvez controlando aquela nave... Eu estava sendo guiado por um destes seres, que me conduzia pelos corredores, passando por lugares muito diferentes, com "rios de ouro", até que chegamos a uma sala que me parecia o controle central daquela nave, neste momento senti que era uma grande honra estar ali, como se fosse um lugar de difícil acesso, e somente poderiam entrar ali pessoas que realmente merecessem, foi quando vi se aproximar um ser diferente dos demais que já havia visto, sua aparência era como se fosse formado por pirâmides e globos, que pairavam um acima dos outros, e constantemente mudavam de posição, ele falava comigo "dentro da minha cabeça" , como que por telepatia, não tinha rosto, nem nada deste gênero, mas me falava que eu estava ali para receber algum tipo de condecoração, até cheguei a ver à sua frente uns objetos que, ao que parece, eram para me presentear... A emoção foi tanta que comecei a chorar... Foi muito maravilhoso, este pequeno relato somente conta o que aconteceu de forma resumida, pois houve muitos detalhes, e se fosse para descrevê-los teria que escrever um longo livro... Todas estas mirações foram acompanhadas de músicas muito bonitas e totalmente diferentes de tudo o que existe aqui na Terra...
Realmente é coisa de outro mundo!!!
É o relato resumidamente.
Asbra, advogado

Bom dia Dóris e Paulo
Gostaria de agradecer o maravilhoso fim de semana que tive aí com vcs.
Parabéns pelo seu trabalho e exemplo de vida!
Estou mesmo planejando ir no fim de semana do meu aniversário.
Me passem a programação quando estiver pronta.
Um grande abraço
Ale, 28 anos, empresária
Oi Paulo e Doris.
Fiquei muito feliz com a minha estada em seu vale encantado.
Espero rever vocês logo.
Abraços Ricardo e Simone.
Muita luz paz e amor para vocês, 32 e 27 anos, empresário e secretária
Oi Dóris e Paulo!!!!! Estou morrendo se saudades, nao
vejo a hora de estar AÍ COM VCS NOVAMENTE...
Estou meio encrencada de trabalhos finais da
faculdade, mas esssa é a última semana de aulas e
daí....férias..... quero ir para aí e ficar por alguns
dias se vcs nao se importarem, preciso que vcs me
informem o valor e os melhores dias para vcs para eu
poder me programar...
Vi a foto no site e fiquei toda orgulhosa....
obrigada Dóris.....
Me manda o informativo desse fim de
semana que talvez eu possa ir....
muitos beijos e abraços...fiquem com DEUS...
DÁ UM BEIJO NO BLUE.....
COM AMOR
Vane, 20 anos, universitária

Oi Doris!!
Por favor peça ao Paulo que leia este texto que estou enviando para podermos discutir no final de semana, é importante e tem a ver com as comunidades a quais ambicionamos.
Ah, e avise a ele que eu parei de fumar maconha, eu fumava pouquíssimo, é verdade, assim foi fácil e esta fazendo uma diferença incrível, depois da primeira vez que eu fui aí e soube que ele nao gostava nem do contato fiz uma contabilidade assim: para ir de novo eu teria que pagar 20,00 e o pagamento espiritual era uma limpeza de três dias sem o pito, daí o prazo foi se prolongando e agora já não a quero mais na minha vida é diferente da minha energia, mas ela me ajudou no sentido de largar as outras e a bebida porque me deixava em casa livre das tentações que tem na noite, o que tb já não tem mais graça. Devo isso a ele e estou evoluindo como ser humano a passos largos e isso compensa tudo. Eu só ia dizer qndo tivesse certeza e sabia que o Paulo tb sabia.
Ps. Uma coisa eu nunca fiz; misturar maconha com Daime, pelo menos essa consciência eu tinha e tenho.
bjs
Felipe, 32 anos, Artista Plástico


A transferência de temperatura do meu corpo físico para o meu corpo
astral causou-me uma sensação de bem-estar supremo e sublime.
A graça, a paz, o amor entre outros sentimentos benéficos inflavam meus pulmões,
corriam por minhas artérias e veias dando-me a alegria
e o prazer de virar energia plena.
Yoga me fez ver imagens que foram agradáveis, não me causando má
impressão ou constrangimento, mas sim uma confusão, porque não soube o
significado das formas nem das cores. A única sensação humana
era a corrente de energia dos cânticos de paz.
Harmonia foi uma coisa impressionante, porque as palavras não precisavam ser ditas
nem escritas para elas adquirirem infinitas denotações e conotações
significando o completo; do vazio ao infinito.
Uh! Energia pura. Houve necessidade, por minha parte, de compartilhar
todas as sensações por ser uma novidade revolucionária, porém o entendimento
e a individualidade do êxtase atingido me foram concebidos após o
encontro com o meu Eu, por meio de uma longa conversa com alguém mais
experiente.Me recordo de cores intensas que não falavam para que eu ivesse
compreendido,apenas transmitiam conheciemntos intensos. Cores estas que eram
tons de cores quentes que não consigo distinguir, amarelo e roxo. Todas estas
cores faziam com que eu confundisse as diferentes frequências de energia com
um cocar de um índio e sua silhueta, porém era apenas uma forma bem
irregular de uma luminosidade intensa ao centro circundada por cores magníficas.
Após esta experiência o contato com as outras pessoas foi livre e
desinibido,pude falar e ouvir sem nenhuma pré-concepção, pois eu havia encontrado
uma das verdades humanas universais para o caminho de me tornar um homem de
conhecimento. Controlei a pressa e a angústia,
na verdade acho que o medo.
Serrei os olhos e concentrei-me. Abri os olhios e fui conversar.
Aprendi muito com o que conversei com o Paulo.
O diálogo me pareceu uma meditação com meu humor,
um mantra para minha personalidade.
Calma total. Mas como havia ficado muito tempo nesta plenitude, dormi
abraçado a minha namorada, uma linda mulher que me abre os olhos sempre quando
me cego de teimosia e inconveniência.
O amor foi intenso com um olhar, um afago.Linda noite, linda manhã ao acordar.
Andamos ao acordar e o fim do dia foi o êxtase ao andar por entre as
árvores,cascalhos e ver o sol se enterrar nas montanhas daquele templo.
Lucas, 20 anos, universitário de medicina


Olá Paulo, olá Dóris. Como vão?
Eu estou ótima, que bom receber esse convite, como queria poder estar aí com
vcs mas não é sempre que dá né, vou voltar com certeza,
o mais rápido possível. Só queria contar p/ vocês como estou feliz
e agradecer por tudo, pelo fim de semana maravilhoso que nos proporcionaram.
Foi a melhor experiência da minha vida. Abraços e tudo de bom p/ vocês aí. Até em breve.
Ana, 20 anos, universitária


"Viva a Lua resplandecente, Que a tudo resplandece, Viva a Luz fosforescente, Em todo Globo terrestre."

Despertar 

 Um despertar interior harmonioso é caracterizado por uma sensação de júbilo e de iluminação mental que traz consigo uma percepção do sentido e do propósito da vida; ela dissipa muitas dúvidas, oferece a solução para muitos problemas e fornece uma fonte interior de segurança. Ao mesmo tempo surge a compreenção de que a vida é una e uma chuva de amor flui pelo indivíduo desperto para os semelhantes e para toda criação.
A personalidade anterior, com seus contornos grosseiros, foi passada para o segundo plano, e uma nova pessoa, amorosa e adorável, sorri para nós e para o mundo inteiro, ávida por ser gentil, por servir e por compartilhar suas riquezas espirituais recém adquiridas, cuja abundância lhe parece grande demais para ser contida.
Apesar dos desafios desse empreendimento, a pessoa vai sentindo um progresso gradual e crescente. Sua vida impregnada de um sentido de significado e de propósito, as tarefas corriqueiras são vitalizadas e elevadas pela sua crescente consciência do seu lugar num esquema mais amplo de coisas. O indivíduo reconhece com maior plenitude o caráter da realidade, do homem e de sua própria natureza superior. Começa a desenvolver um quadro que lhe permite entender o que observa e vive, e que te serve de fonte de serenidade e ordem em meio às circunstância mutantes da vida. Como resultado, ele começa a dominar cada vez mais tarefas que antes pareciam além de sua capacidade. Atuando cada vez mais a partir de um centro superior de unificação da personalidade numa progressiva unidade. A integração mais completa dá-lhes maior eficácia e mais alegria.
Esses são os resultados observados, no curso de um período de tempo, como decorrência do processo de transmutação da personalidade sob o impulso de energias supraconscientes.


Carl Gustav Jung 

 "Meus pensamentos giram em torno de Deus como os planetas em torno do Sol, e são da mesma forma irresistivelmente atraídos por ele. Eu me sentiria como o maior pecador querer opor uma resistência a esta Força. Compreendi que Deus era uma das experiências mais imediatas. Tudo o que aprendi levou-me a convicção sobre a sua existência. Eu só acredito naquilo que sei. E isso elimina a crença. Não baseio a Sua existência na crença, eu seique Ele existe."
A consciência humana se desenvolve a partir de matéria-prima do inconsciente. Seu crescimento é alimentado por correntes contínuas dos elementos do inconsciente que ascendem gradualmente, procurando formar uma pessoa mais completa e consciente. A incorporação da matéria do inconsciente deve continuar até que, por fim, a mente consciente reflita a totalidade do Self.
No inconsciente de cada um está o projeto, o Plano. A mente consciente e a personalidade funcional completa são formadas desde o nascimento até a maturidade interior. Esse padrão, essa teia de energia, contém todas as características, todas as forças, a estrutura básica e as partes que construirão o ser psicológico total.
Jung comparou o Ego a uma rolha boiando no enorme oceano do inconsciente. Ego em latim, significa Eu. É a parte da psique que chama a si mesma de Eu e é auto-consciente, conhece a si própria como um Ser, com um campo de energias independente e distinto dos outros.
No fundo deste oceano invisível de energia, imensas forças estão trabalhando. Reino míticos, simbolizados pelas lendas da Atlântida, existe lá, nas profundezas, e desenvolvem vidas paralelas à vida cotidiana de nossa mente consciente. A finalidade de trabalhar com o inconsciente é encontrarmos nele uma fonte profunda de renovação, crescimento, força e sabedoria. Ligamo-nos com a fonte de nosso potencial evolutivo, unificando o nosso Self total, explorando esse rico filão de energia e inteligência que nos espera dentro de nós mesmos.
A evolução não significa se tornar isolado da raça humana. Uma vez que nos sentimos mais seguros, mais completos em nós mesmos, é também natural que procuremos as miríades de caminhos que nos fazem semelhantes aos nossos companheiros humanos, valores, interesses e qualidades essenciais. Veremos que nossa individualidade consiste na forma especial de combinarmos os padrões psicológicos universais e o sistema de energia que todos os seres humanos têm em comum, Jung chamou estes padrões de arquétipos.
"Ser "normal" é uma esplêndida idéia para os fracassados, para todos os que ainda não conseguiram sua adpatação. Mas para pessoas dotadas de uma capacidade bem maior do que a média, para quem jamais é difícil alcançar o sucesso e cumprir sua parte na obra do mundo, para essas pessoas, limitar-se a ser normal representa o leito do procusto, o tédio insuportável, a esterilidade."
Carl Gustav Jung - Na história da psiquiatria e da psicologia, paira como um gigante solitário e pioneiro primordial. Ele desafiou o modelo médico dessas disciplinas e acentuou a importância da espiritualidade.

Amor 

 O Amor depende da simbólica geral da união dos opostos. É a pulsão fundamental do ser, que impele toda existência a se realizar na ação. É ele quem atualiza as virtualidades do ser. Mas essa passagem ao ato não se produz senão pelo contato com o outro, por uma série de trocas materiais, sensíveis, espirituais.
O Amor tende a vencer esses antagonismos, a assimilar forças diferentes integrando-se em uma mesma unidade. Nesse sentido, é simbolizado pela cruz, síntese das correntes horizontais e verticais; pelo binômio chinês do Yang-Yin. De um ponto de vista cósmico, após a explosão do ser em múltiplos seres, é a força que dirige o retorno á unidade; é a reintegração do universo, marcada pela passagem da unidade inconsciente do caos primitivo á unidade consciente da ordem definitiva.
A libido ilumina-se na consciência, onde pode tornar-se uma força espiritual de progresso moral e místico. O eu individual segue evolução análoga à do universo: o amor é a busca de um centro unificador que permitirá a realização da síntese dinâmica de suas virtualidades. Dois entes que se entregam, reencontram-se um no outro, mas elevados a um grau superior do ser, se a doação tiver sido total, e não apenas limitada a certo nível de sua pessoa, que é, na maioria das vezes, carnal.
O Amor é fonte ontológica de progresso, na medida em que é efetivamente união, e não só aproximação. 

"É o Reino da verdade, É a estrada do amor, É todos prestar atenção, Aos ensinos do Professor."
Sociedade Espiritual Luz da Floresta - S.E.L.F. 

 Realizamos Rituais Xamânicos, acreditamos em um novo redespertar espiritual, da liberdade de pensamento, do direito de se explorar a sua própria espiritualidade. É um movimento de retorno à terra, e a valorização de estilos de vida mais naturais e saudáveis. Temos interesse em teologias não ortodoxas, principalmente espiritualistas, em filosofias religiosas ocidentais e orientais, assim como na antiga cultura indígena da América, compreendendo o xamanismo.
Proporcionamos vivências para pessoas que buscam sua espiritualidade e transcendência, que estão a procura de métodos novos para organizar suas vidas de uma forma mais plena, fazendo uma síntese das diferentes personagens interiores que existem dentro de nós e encontrar o relacionamento e a unidade entre eles. É o movimento do ego em direção à nossa essência.
Em Ritual de 2003 foi recebido do astral pelo nosso irmão Lucas o hino "Azul Desta Flor" que são as mesma palavras que formam "Luz da Floresta". "A Flor do Lótus azul era considerado como o mais sagrado no país dos faraós. No lótus a idéia de pureza é constante, acrescentam-se ainda a firmeza, a prosperidade, a harmonia, o tempo passado, presente e futuro. Os livros da Índia fazem dele o símbolo do crescimento espiritual.
Nosso hino "Azul desta flor": "Harmonia com a natureza, Sentindo a brisa do ar, Refletindo a Luz da Estrelas, No brilho do olhar. Somos dessa teia, a corrente é a foz, Para no astral voar, Descobrindo Deus em nós. Ouvindo canções celestiais, De energia que não cessa, Sintonizando o valor de tudo, Conhecendo a Luz da Floresta."
No Ritual De Volta às Estrelas I, em maio de 2005, houve instrução do astral para alterar a nome de Núcleo Eclético Luz da Floresta para Sociedade Espiritual Luz da Floresta - SELF - que representa a totalidade do ser na psicologia de Carl Gustav Jung, psiquiatra que acentuou a importância da espiritualidade na psicologia.

Ordem Egrégora de Luz 

 No VIII Encontro Espiritual 2005 - De volta às Estrelas, foi alterada a denominação de Núcleo Eclético Luz da Floresta para Sociedade Espiritual Luz da Floresta, S.E.L.F., e criada a Ordem Egrégora de Luz, conforme instrução recebida do astral.
"Egrégora" significa a aura de um local onde há reuniões de grupo, e também a aura de um grupo de trabalho. Provém do grego egrégoroi, é a força gerada pelo somatório de energias físicas, emocionais e mentais de duas ou mais pessoas, quando se reúnem com finalidade espiritual, acumulando a energia de várias freqüências. Quanto mais luz tiver o indivíduo, mais força estará emprestando a egrégora para que ela incorpore aos demais.
Egrégoras são entidades autônomas, semelhantes a uma classe de "devas" que se formam pela persistência e a intensidade das correntes mentais realizadas nos centros verdadeiramente espiritualistas. Se for então verdadeiro que a somatória de forças vibratórias ressonantes se somam no Éter é provável que esta força criada seja capaz de prover seus geradores de potencialidades, esta hipótese se confirma pela manifestação material do que pode se chamar de energia construtiva dos diversos grupos religiosos, esotéricos ou metafísicos.
Está aí depositada a tradição do ritual e das cerimônias Templárias das diferentes tradições. Tal qual um gerador ou dínamo, a permanência do eixo girando sempre no mesmo sentido, velocidade e harmonia é garantia da geração da energia que é o seu resultado.
O trabalho Ritual regular, constante, harmônico somado aos interesses superiores de seus praticantes é a fonte geradora de um nível vibratório elevado, alimentador constante de uma Egrégora capaz de gerar paz, evolução espiritual e conhecimento aos que dela usufruem. Em um dos Rituais de 2003, Di Paula recebeu várias instruções do ser Divino São Miguel, dentre elas, continuar na Religião Brasileira do Santo Daime, realizar Rituais com predominância de jovens e trabalhar exclusivamente com Ayahuasca/Santo Daime, também orientação de Mestre Irineu, sendo vedado o uso de qualquer outra substância nas dependências da Sociedade, o que tem sido cumprido com toda força e vigor.
Em nossa sociedade temos uma identificação com o Divino: "Deus está em toda parte e não cabe em nenhuma circunferência." A função do nosso Ritual é que você o sinta aqui com Paz, Amor, Harmonia e Sabedoria! 


"Eu tomo esta bebida, que tem poder inacreditável, ela mostra todos nós, aqui dentro desta verdade."
Ayahuasca em Debate 

 Em novembro de 2002, cientistas e pessoas provenientes de vários continentes se encontraram em Amsterdã (Holanda) para participar de uma conferência sobre a ayahuasca, utilizado em rituais religiosos. Neste artigo, mostramos os principais pontos levantados durante o encontro.
A ayahuasca (yagé, daime, vegetal,) é um chá psicoativo que desde tempos imemoráveis é preparado e tomado pelos índios da Floresta Amazônica. Aos poucos, o chá está ficando conhecido e acessível a um público cada vez maior fora da America Latina.
O caráter da experiência com a ayahuasca e a significação do chá para a ciência e a cultura do século 21 vai muito além. Durante a "Psychoactivity III", a primeira conferência européia sobre a ayahuasca, muitos ayahuasqueiros descobriram que o chá é um tema bastante sério para cientistas renomados.
A ayahuasca, na verdade, é o eixo de um movimento multidisciplinar que está nascendo. Um bom exemplo disso é o livro The Antipodes of the Mind, de Benny Shanon, um dos participantes da conferência. Shanon lecionou na Universidade Stanford, na Califórnia, e atualmente é professor de psicologia cognitiva na Universidade Hebraica, em Jerusalém. Em seu livro ele escreveu: "O impacto afetivo e espiritual da ayahuasca pode ser muito profundo. Freqüentemente as pessoas que a experimentaram relatam a experiência como uma mudança radical de suas vidas, reconhecendo que após essa experiência 'não são mais a mesma pessoa'. Mas, mesmo quando o impacto do efeito não foi tão radical, ficou uma experiência maravilhosa para aqueles que a tomaram e a descreveram como algo nunca antes vivido."
A ayahuasca é o veículo psicoativo mais usado pelos índios da Amazônia. A palavra vem do idioma quéchua e significa "vinho da alma" ou "cipó da pequena morte". Também é chamada "madrecita de todas as plantas" e "professor dos professores". Os componentes mais importantes do Banisteriopsis caapi são harmine e harmaline, inibidores de monoamina-oxidase (MAO)(2); as folhas da Psychotria viridis contém dimetil-triptamina (DMT). Acredita-se que os inibidores de MAO tornam o DMT oralmente ativo. Usadas com medicamento antidepressivo, essas substâncias podem ser perigosas.
O efeito pode surgir em ondas; a melhor maneira de aproveitá-lo é não oferecer resistência a elas e entregar-se. O chá fornece "luz" (entendimento do mundo e autoconhecimento) e também a "força" para usar essa luz no dia-a-dia. Como espelho da consciência e catalizador da memória pode ter um grande valor terapêutico.
Antropologia, psicologia, etnobotânica, farmacologia, a situação jurídica e uma breve história da "arte ayahuasqueira" foram temas das palestras de cientistas conhecidos, como o antropólogo Luis Eduardo Luna, o psicólogo Benny Shanon, o farmacologista Jace Callaway, o toxicólogo Laurent Rivier e o botânico Christian Raetsch. Xamãs da Amazônia fizeram um ritual de abertura.

Entrevista 

 Patrick Druot, 53 anos, físico, pós-graduado na Universidade de Columbia, consegue enxergar a virada do milênio com um otimismo contagiante, apesar do quadro de guerras, desemprego e desigualdade social. Ele arrisca dizer que nos espera um tempo de mais tolerância, compreensão e amor.
Segundo Druot, em breve ocorrerá uma mudança porque as pessoas buscam cada vez mais respostas espirituais para dar sentido à existência. "Acho que o Brasil terá um papel importante neste despertar", ele anuncia. "Essas experiências me reconectaram a Deus." Quanto a frequentar uma igreja, ele diz: "Sim. Uma floresta, uma praia, o mundo todo é uma catedral."
Em sua sétima visita ao Brasil, para dar workshops, ele deu esta entrevista.
ISTOÉ - Como foi a sua experiência com o Santo Daime?
Druot - Não era o Santo Daime que me interessava, mas a ayahuasca. Mas eu não tinha contatos diretos. Não se pode ir à floresta buscar a planta sozinho. Em 1994, meu antigo editor brasileiro fez um contato com Alex Polari, um dos líderes da seita em Céu do Mapiá. Tenho respeito pelos rituais, pela igreja, mas não participei. Disse desde o início que me interessava pela planta que, no princípio, era uma planta xamânica. Em abril de 1995, eu e minha mulher, Liliane, passamos duas semanas na floresta e fizemos muitas experiências sob o efeito da ayahuasca. O cérebro funciona de forma totalmente diferente. Tudo se abre. Você pode ver espíritos, as auras. Fizemos até contato telepático. Por três ou quatro minutos, soubemos exatamente o que o outro pensava. Sentia e via a Terra respirar, num movimento claro. Tudo se organizava em fractais.
ISTOÉ - De que serviu a experiência?
Druot - A ayahuasca é usada para propósitos religiosos, alguns usam para curar, tirar pessoas da dependência de drogas, álcool. Mas em minha opinião, é muito mais do que isso. Acho que ainda não se sabe usá-la para conhecer o outro e a si. Com ela, se poderia descobrir muito sobre as causas de doenças físicas e emocionais. Essa experiência provou o que estudei por 15 anos: só utilizamos uma parte mínima do cérebro. Ainda temos algumas vibrações e percepções que vêm dela. Não vemos mais uma floresta como antes. Nosso contato com a terra foi modificado. Há uma percepção mais aguçada. Traz sentimentos de tolerância, de respeito e de amor.
ISTOÉ - É possível passar por este tipo de experiência sem a ayahuasca?
Druot - Talvez. Eu já tinha percepções desde 1985, estimulando uma visão vibracional. Há um campo magnético ou vibracional que circunda todas as coisas vivas, até nós mesmos. E tudo o que acontece com você está escrito neste campo. É uma técnica. Tem de ser feito com sons, sobretudo com tambores, que são os batimentos cardíacos do criador. Quando se está em sincronia com uma batida de tambores, é possível fazer a viagem. Passei por essas experiências com os índios do Canadá, nas ilhas do Pacífico, nos EUA. O uso de plantas é específico da América do Sul e Central, onde se usa o peiote.
ISTOÉ - A experiência é similar?
Druot - A ayahuasca é mais imediata ao abrir as portas psíquicas, as portas da percepção. É como se o cérebro se abrisse. Tecnicamente falando: normalmente, vemos o mundo através de nossos olhos. Mas não vemos como o cérebro vê. O olho é um instrumento de análise de frequência, como o ouvido. Isso só foi descoberto nos anos 60. Isso significa que vemos e escutamos através dos olhos, mas não é como o cérebro vê e escuta. Com a ayahuasca, você vê e escuta como o cérebro. É uma percepção holográfica do mundo. Porque o cérebro é um holograma. Ele se abre para você. Mas acho que não se pode tomá-la de qualquer jeito, é preciso uma boa orientação, alguém que te ajude a passar pelos vários estágios da ayahuasca. E também é preciso estar junto à natureza. Não acho cabível tomá-la num lugar fechado, por exemplo. O que acontece é que a planta abre todos os canais, as pessoas vêem cores, caleidoscópios e ficam felizes. Mas é muito mais do que isso.
ISTOÉ - Como o sr. se preparou para a experiência?
Druot - Antes de tomar a ayahuasca, estudei o trabalho de um etnofarmacobiologista da Finlândia, desenvolvido durante seis anos. Eu sabia que não havia efeitos colaterais nem risco de dependência.
ISTOÉ - O sr. sentiu medo?
Druot - Sim, porque nunca tinha tomado nada parecido na vida. Não sabia exatamente o que esperar. Quando comecei a sentir os efeitos, me senti mais confortável, entendi o que a planta me ensinava.
ISTOÉ - O sr. acha que há hoje uma maior abertura do mundo ocidental para estes ensinamentos?
Druot - Sim. As pessoas querem saber quem são, qual o seu lugar no mundo. Não somos robôs, somos seres humanos. Entre muitos povos índios, o próprio nome do povo significa seres humanos, como os cheyenes americanos. No Havaí, os locais chamam os brancos de haoles, que significa os que são mortos por dentro. Eles dizem que não estamos vivos, porque não estamos conectados com os espíritos e a natureza.
ISTOÉ - A que o sr. atribui esse interesse?
Druot - No século XVII, houve dois gênios que criaram os fundamentos da ciência moderna: René Descartes e Isaac Newton. Eles começaram a explicar muitos fenômenos que não se explicavam antes, mas o problema de suas visões foi ver o ser humano como uma máquina, um relógio. Desprezaram a consciência e o espírito. A ciência se pulverizou. Olha-se apenas o corpo, não o espírito. Acho que o terceiro milênio trará a reunião de tudo. Os xamãs dizem que as doenças entram quando a pessoa está separada dela mesma e do mundo. Os índios navajos americanos têm um sistema médico que reconecta a pessoa a ela mesma e ao universo. Agora, há na Universidade de Medicina de Phoenix, no Arizona, um departamento intercultural com xamãs navajos e médicos americanos, que tentam entender como eles curam pessoas desenganadas de câncer, por exemplo.

"Saúde no corpo, Paz no Espirito, Amor no coração, Para todos meus irmãos."
Proposta Luz da Floresta 

 O conceito de saúde se tornou mais elástico do que a simples inexistência de uma doença. Implica também viver com alegria, cultivar amigos, ter um projeto. Ser feliz, enfim. O estilo de vida é o mais importante fator de longevidade. Por estilo de vida entenda-se uma alimentação saudável, a prática regular de exercícios físicos, o controle do stress e tranqüilidade para encarar os problemas familiares e profissionais.
Não são apenas os rios e as florestas, a atmosfera e os mares. Não são apenas os animais, as aves, os peixes e os insetos. A própria vida humana está ameaçada no planeta. Embora de maneira sutil, o ser humano está sendo agredido com a mesma violência. E num ponto extremamente vital: sua alimentação. Especialmente nos países industriais, onde o artificialismo e o processamento químico dos alimentos atingem índices alarmantes.
Felizmente, o alerta chegou a tempo. Hoje, no mundo inteiro, cresce o número de médicos e especialistas que atribuem a origem da maioria das doenças degenerativas à alimentação incorreta. Da simples prisão de ventre ao câncer de cólon, dos distúrbios hepáticos às cardiopatias, do excesso de peso à arterioscerose, uma grande parcela de culpa recai sobre a dieta alimentar. Principalmente nas classes mais abastadas, onde o consumo de gorduras saturadas de origem animal, de amidos e de polissacarídeos é compulsivo e exagerado. Com o agravante de que essas mesmas pessoas são as mais sedentárias. Como este é um hábito social, ditado pelas normas de convivência do que pela vontade do indivíduo, sua correção se torna difícil. São os jantares, os coquetéis, os restaurantes, os compromissos. os negócios e a vida afetiva movidos a calorias.
Aí entra a proposta Luz da Floresta: introduzir de maneira não radical, alimentos ricos em fibras e elementos naturais orgânicos na alimentação diária. Alimentos elaborados com açúcar mascavo, farinhas e grãos integrais, óleo vegetal, água natural de fonte, legumes e verduras orgânicas e sal marinho. Dieta complementar, dose diária de natureza integral, garantia de uma vida longa e saudável. Este é o nosso princípio: um retorno à sabedoria da natureza, à integridade primordial, sem abdicar dos prazeres, comodidades e compromissos que a vida moderna proporciona e exige.
Di Paula, empresário e Presidente da Associação Brasileira das indústrias de Alimentos naturais e Integrais.

Saúde Brasileira 

 A alimentação nesta etapa pós-industrial de crise e recessão econômica, é altamente nociva e deficiente. A população tende a satisfazer esta instância básica de maneira descomprometida com sua própria necessidade vital, desconhecendo que como ser humano, deve atender em forma primordial sua própria fonte energética, brindando-lhe o balanço necessário de nutrientes adequados e suficientes. Esta falta de consciência é resultado da vertiginosidade dos tempos em que vivemos e o alheamento das pessoas de suas necessidades vitais.
Produzir uma revolução na alimentação do país, transformar os hábitos nocivos numa cultura alimentícia ecológica não é um empreendimento fácil e nem a curto prazo. É necessário um minucioso trabalho que comece já, e da união de forças de empresas e pessoas interessadas em melhorar a qualidade de vida da população. Promover estudos, pesquisas, programas, atividades, etc. é o caminho iniludível que estamos obrigados.
Temos como fundamento o de unir e somar os esforços individuais para uma operação efetiva e funcional na transformação alimentícia. O consumismo como hábito incorporado e inconsciente desvia a atenção das pessoas à aquisição de bens e alimentos supérfluos, que nada vitalizam a sua capacidade e desenvolvimento. Esta é a tarefa que devemos avocar se nos colocarmos com seriedade e responsabilidade no lugar que efetivamente ocupamos na sociedade. Se somos capazes de visualizar a fragmentação e a marginalidade que existem atualmente em nosso país, tomaremos consciência que é muito longo o caminho para mudança e muito pouco o tempo para produzi-la.
De Paula, empresário e Presidente da Associação Brasileira das indústrias de Alimentos naturais e Integrais.

Hábitos Saudáveis 

 Freqüentemente os meios de comunicação social abordam a dramática situação da saúde no Brasil, enfatizando, muitas vezes, o caso das enfermidades do Terceiro Mundo, que se disseminam com perigosa desenvoltura. A meu ver, no entanto, tais abordagens acabam por subestimar o alcance que hoje possuem na realidade brasileira os males crônico-degenerativos, ditos de Primeiro Mundo, como o câncer, o diabetes e os males cardíacos. Sem qualquer intenção de voltar as costas para as "doenças miseráveis", que obviamente expressam a escandalosa crise social brasileira, gostaria de demonstrar, ainda que sucintamente, a dimensão que entre nós assumem as chamadas enfermidades de Primeiro Mundo. Para ter-se uma idéia do seu impacto e, empregando sempre dados do Ministério da Saúde, de 2000, atentemos para o fato de que, das 900 mil mortes anuais no Brasil, 28% (isto é, pouco mais de 249 mil) ocorrem por males cardiovasculares, enquanto que 100 mil dos óbitos ocorrem por variados tipos de câncer. O Brasil ostenta 5 milhões de diabéticos, 12 milhões de hipertensos e 27 milhões de pessoas com excesso de peso. Somente as doenças crônico-degenerativas são responsáveis por 25% das internações hospitalares no Brasil, consumindo com isso recursos na ordem de US$ 500 milhões. Considerando o uso de materiais especiais, próteses e assistência ambulatorial, o gasto com tal tipo de doença alcança US$ 1 bilhão.
Segundo estimativas oficiais, somente essas enfermidades consumiram, no Brasil, um milhão e trezentos mil anos de vida. O fato beira ao escândalo, se considerarmos a repercussão econômica e social e a dimensão humana de tais perdas. Vê-se, portanto, que é amplo e oneroso o universo da ocorrência das doenças crônico-degenerativas no Brasil. Sua convivência com as chamadas "doenças miseráveis", terceiro mundistas, quase todas eliminadas nos países ricos, decorre da brutal deformação estrutural que mutilou o desenvolvimento econômico e social brasileiro, criando, simultaneamente, zonas de uma abastança próxima ao Primeiro Mundo, ao lado de regiões miseráveis que já atingem a fronteira de um Quarto Mundo.
O Brasil não pode fechar os olhos a nenhuma delas e deve avançar na constituição de um projeto nacional capaz de reduzir, tanto quanto possível, as enormes distâncias sociais. No tocante às doençascrônico-degenerativas, segundo o Ministério da Saúde, a prevenção e cura estão essencialmente ligadas a hábitos como alimentação e atividades físicas, para cuja implementação não se exigem gastos significativos. Considere-se que a diminuição da incidência dessas enfermidades permitiria o melhor redirecionamento dos recursos públicos da saúde, carreando-os dos custosos processos de cura das doenças crônico-degenerativas para as da área básica, fortalecendo a possibilidade de erradicar do Brasil os males terceiromundistas.
Hábitos mais saudáveis, no entanto, implicam processos massivos de educação, amplas campanhas de esclarecimento. O desafio pertence ao conjunto da sociedade, através das suas várias instâncias organizadas, a começar pelos meios de comunicação, com seu largo poder de convencimento. Afinal, é enorme a responsabilidade social da imprensa. É de se repetir que a redução da incidência das doenças crônico-degenerativas não apenas defenderá a saúde de milhões de brasileiros, como possibilitará a transferência de ponderáveis recursos para as áreas básicas cujas deficiências ameaçam a vida de outros milhões de compatriotas.
Se a atuação dos meios de comunicação social e da indústria , se somassem ao das autoridades educacionais e da saúde pública, nos três níveis de governo, as instâncias legislativas, os organismos representativos de classe, num esforço conjunto para redirecionar os hábitos da população para padrões mais aceitáveis, já teríamos cumprido um passo decisivo para a melhoria da saúde dos brasileiros.
De Paula, empresário e Presidente da Associação Brasileira das indústrias de Alimentos naturais e Integrais.

Comer menos aumenta tempo de Vida 

 Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, anunciam na revista "Nature", uma proeza: a descoberta do mecanismo bioquímico Sir2. Eles revelaram que a proteína impede a superutilização dos genes e que aumenta quando o alimento é pouco. O regime de restrição calórica constitui o único método comprovado para prolongar a duração da vida. Funciona com micróbios (levedura), moscas (drosófila), vermes (C. elegans), roedores e até, aparentemente, primatas.
A equipe de Leonard Guarente parece estar numa pista promissora para entender os mecanismos básicos do envelhecimento. Como em tudo na pesquisa biológica atual, os genes estão diretamente envolvidos. Para poder funcionar, cada célula - seja de levedura, verme ou ser humano - precisa usar as receitas de proteínas guardadas nos genes. A coisa se resume num paradoxo: células e organismos precisam usar os genes para viver, mas, quanto mais usam os genes, mais aceleram a morte. Isto tudo, claro, se não existisse Sir2. Esta proteína transforma o cromossomo numa fortaleza quase inexpugnável, impedindo que seja desenrolado e lido.
A façanha ocorre porque o Sir2 tem grande afinidade com um dos pontos vulneráveis da cidadela genética, as histonas. Esses discos de proteínas funcionam como carretéis, em torno dos quais se enrola o DNA. Como no caso de uma ponte levadiça, sua desativação dá acesso ao castelo. Com Sir2 montando guarda sobre as histonas, a fortaleza se isola e os genes são silenciados. Os telômeros não se desgastam, surgem menos círculos de DNA, a cromatina permanece firme.
O experimento de Guarente mostrou, ainda, que o nível de Sir2 nas células é inversamente proporcional ao seu consumo de energia. Quanto mais alimento é consumido para gerar energia, inundando a célula de radicais livres, menos sir2 está disponível. A intermediação, verificou a equipe do MIT, é feita por uma espécie de molécula-sensor, a NAD. Como está diretamente envolvida na produção de energia, quando cai o consumo (restrição calórica) sobra mais NAD no meio celular, o que estimula a produção de Sir2 e põe mais mordaças nos genes.


"A justiça é reta e justa, E a Matéria vive por um fio.
Relatório final do GMT-CONAD. Brasília, 23 de Novembro de 2006 I - INTRODUÇÃO
O CONAD é o órgão normativo do Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - SISNAD - e suas decisões "deverão ser cumpridas pelos órgãos e entidades da Administração Pública integrantes do Sistema" (arts. 3o, I, 4o, 4o, II e 7o, do Decreto no 3.696, de 21/12/2000). Assim, no exercício de sua competência legal aprovou parecer da CATC que, por sua vez, adotou pareceres do colegiado que o precedeu - o CONFEN - e abordou outros aspectos pertinentes ao tema "o uso religioso da ayahuasca" cumprindo destacar a observação final e as conclusões do parecer que o CONAD aprovou: "que fique registrado em ata, para fins, inclusive de utilização pelos interessados, que não pode haver restrição, direta ou indireta, às práticas religiosas das comunidades, baseada em proibição do uso ritual da Ayahuasca". O referido parecer concluiu:
a) a câmara ratifica as decisões anteriores do colegiado, com os aditamentos do presente parecer, conforme referido no ponto no 4;
b) recomenda-se a consolidação, em separata, de todas as decisões supracitadas, para acesso e utilização dos interessados;
c) a liberdade religiosa e o poder familiar devem servir à paz social, à qual se submete a autonomia individual;
d) deve ser reiterada a liberdade do uso religioso da Ayahuasca, tendo em vista os fundamentos constantes das decisões do colegiado, em sua composição antiga e atual, considerando a inviolabilidade de consciência e de crença e a garantia de proteção do Estado às manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, com base nos arts. 5o, VI e 215, § 1o da Constituição do Brasil, evitada, assim, qualquer forma de manifestação de preconceito".
A Resolução nº 05 - CONAD, de 10 de novembro de 2004, tem por objetivo contribuir para a plena implementação do que foi discutido e aprovado "sobre o uso religioso da Ayahuasca", e para tanto foi constituído o GMT que, assim, terá por premissas as questões decididas pelo CONAD, para laborar, com ampla liberdade, no "estudo do que é preciso fazer", ou seja, na formulação de documento que "traduza a deontologia do uso da Ayahuasca".
O Grupo Multidisciplinar de Trabalho, instituído pela Resolução nº. 5 CONAD, de 04 de novembro de 2004, para levantamento e acompanhamento do uso religioso da Ayahuasca, bem como para a pesquisa de sua utilização terapêutica, em caráter experimental, foi oficialmente instalado pelo Ministro-Chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República e Presidente do Conselho Nacional Antidrogas, JORGE ARMANDO FELIX, em 30 de maio de 2006, no Palácio do Planalto, em Brasília-DF, e teve como objetivo final a elaboração de documento que traduzisse a deontologia do uso da Ayahuasca, como forma de prevenir seu uso inadequado.
AYAHUASCA, aqui, é referida de modo genérico, para manter a uniformidade do texto e a harmonia com a nomenclatura utilizada nos atos oficiais do CONAD, mas é conhecida por diversos outros nomes, conforme a comunidade que o usa no Brasil ou no Exterior, destacando-se as expressões mais conhecidas "HOASCA", "SANTO DAIME" e "VEGETAL", compostos, indistintamente, pelo cipó Banisteriopsis caapi (jagube, mariri etc) e pela folha Psychotria viridis (chacrona, rainha etc.).
Nos termos da referida Resolução, o GMT foi composto por seis estudiosos[1], indicados pelo CONAD, das áreas que atenderam, dentre outros, os seguintes aspectos: antropológico (representado pelo Dr. Edward John Baptista das Neves MacRae), farmacológico/bioquímico (Dr. Isac Germano Karniol), social (Drª Roberta Salazar Uchoa), psiquiátrico (Dr. Dartiu Xavier da Silveira Filho) e jurídico (Drª Ester Kosovski) e seis membros, convidados pelo CONAD, representantes dos grupos religiosos que fazem uso da Ayahuasca, eleitos em Seminário realizado em Rio Branco nos dias 9 e 10 de março de 2006, a saber: Linha do Padrinho Sebastião Mota de Melo: Alex Polari de Alverga; Linha do Mestre Raimundo Irineu Serra: Jair Araújo Facundes e Cosmo Lima de Souza; Linha do Mestre José Gabriel da Costa: Edson Lodi Campos Soares; Linha Independente (Outras Linhas): Luis Antônio Orlando Pereira e Wilson Roberto Gonzaga da Costa. Considerando que a linha do Mestre Daniel Pereira de Matos, popularmente conhecida como linha da Barquinha, decidiu não participar do GMT, conforme carta endereçada ao CONAD, foi realizada durante o seminário eleição entre os suplentes já eleitos das linhas presentes para o preenchimento da vaga em aberto. Nesta ocasião foi eleito mais um representante da linha do Mestre Raimundo Irineu Serra.
O GMT contou com o apoio da Secretaria Nacional Antidrogas, representada pela Diretora de Políticas de Prevenção e Tratamento, Drª Paulina do Carmo Arruda Vieira Duarte, e da Assessoria Executiva do CONAD, representada pelas Sras. Déborah de Oliveira Cruz e Maria de Lourdes Carvalho. Em suas reuniões ordinárias contou com o apoio do Dr. Domingos Bernardo Gialluisi da Silva Sá, Jurista, Membro Titular do CONAD e da Câmara de Assessoramento Técnico Científico, também representada pelo Dr. Marcelo de Araújo Campos e pela Drª Maria de Lourdes Zenel.
Além da primeira reunião em que os membros do GMT foram empossados, foram realizadas mais seis reuniões de trabalho na Sala de Reuniões da Secretaria Nacional Antidrogas, nos dias 28/06, 28/07, 28/08, 23 e 24/10 e 23/11, todas registradas em atas, durante as quais se discutiu a seguinte pauta: cadastramento das entidades; aspectos jurídicos e legais para regulamentação do uso religioso e amparo do direito à liberdade de culto; regulação de preceitos para produção, uso, envio e transporte da Ayahuasca; procedimentos de recepção de novos interessados na prática religiosa; definição de uso terapêutico e outras questões científicas; Ayahuasca, cultura e sociedade; e, sistematização do trabalho para elaboração do documento final.
O objetivo final do GMT, nos termos da Resolução nº 05/04, do CONAD, é identificar "o que é preciso fazer" para atender aos diversos itens que integram os direitos e obrigações pertinentes ao "uso religioso da Ayahuasca". O "estudo" desse "o que é preciso fazer" constituiu-se, exatamente, nas atividades desenvolvidas pelo GMT, traduzindo, assim, a "deontologia do uso da Ayahuasca": (deon, do grego: "o que é preciso fazer" + logos, também do grego: "estudo" ).
II - HISTÓRICO DA REGULAMENTAÇÃO DO USO DA AYAHUASCA:
10. A instituição do Grupo Multidisciplinar de Trabalho expressa dever constitucional do Estado Brasileiro de proteger as manifestações populares e indígenas e garantir o direito de liberdade religiosa. Representa o coroamento do processo de legitimação do uso religioso da Ayahuasca no país, iniciado há mais de vinte anos, com a criação do 1º Grupo de Trabalho do CONAD (na época CONFEN), designado para examinar a conveniência da suspensão provisória da inclusão da substância Banisteriopsis caapi na Portaria nº 02/85, da DIMED (Resolução nº. 04/85, do CONFEN).
11. Este primeiro estudo, após dois anos, com a realização de várias pesquisas e visitas às comunidades usuárias em diversos Estados da Federação, principalmente ao Acre, Amazonas e Rio de Janeiro, resultou em extenso relatório[2], de setembro de 1987, subscrito pelo então Conselheiro do CONFEN, Doutor Domingos Bernardo Gialluisi da Silva Sá, Presidente do Grupo de Trabalho, que concluiu que as espécies vegetais que integram a elaboração da bebida denominada de Ayahuasca ficassem excluídas das listas de substâncias proscritas pela DIMED.
12. Esta conclusão foi aprovada pelo plenário do antigo Conselho Federal de Entorpecentes, em reunião de setembro de 1987, de sorte que a suspensão provisória da interdição do uso da Ayahuasca, levada a termo pela Resolução nº 06, do CONFEN, de 04 de fevereiro de 1986, tornou-se definitiva, com a exclusão da bebida e das espécies vegetais que a compõem das listas da DIMED.
13. A despeito disso, em 1991, em face de denúncia anônima, por iniciativa do então Conselheiro do CONFEN, Paulo Gustavo de Magalhães Pinto, Chefe da Divisão de Repressão a Entorpecentes do Departamento de Polícia Federal, a "questão do uso da Ayahuasca" foi reexaminada.
14. Disso resultou mais uma vez, por parte do CONFEN, a realização de estudos acerca do contexto de produção e do consumo da bebida, desenvolvidos pelo Doutor Domingos Bernardo Gialluisi da Silva Sá, o qual, em parecer conclusivo de 02/06/92, aprovado por unanimidade na 5ª Reunião Ordinária do CONFEN realizada na mesma data, considerou que não havia razões para alterar a conclusão proposta em 1987, no relatório final já mencionado[3].
15. Dez anos depois, em face de denúncias de uso inadequado da bebida Ayahuasca, a maior parte divulgada na imprensa e outras tantas dirigidas aos órgãos do Poder Público, notadamente CONAD, Polícia Federal e Ministério Público, fato que está amplamente documentado na consolidação das decisões e estudos do CONAD e de outras instituições acerca do uso da Ayahuasca, novo Grupo de Trabalho foi definido pela Resolução nº 26, de 31 de dezembro de 2002.
16. De acordo com esta resolução, o GT deveria ser composto por diversas instituições[4], com base no princípio da responsabilidade compartilhada, agora com o objetivo de fixar normas e procedimentos que preservassem a manifestação cultural religiosa, observando os objetivos e normas estabelecidas pela Política Nacional Antidrogas e pelos diplomas legais pertinentes. Não há registro de que este grupo tenha sido constituído.
17. Em 24 de março de 2004 o CONAD solicitou à Câmara de Assessoramento Técnico Científico a elaboração de estudo e parecer técnico-científico a respeito de diversos aspectos do uso da Ayahuasca, ocasião em que o referido órgão de assessoramento do CONAD emitiu parecer apresentado e aprovado na Reunião do CONAD de 17/08/04, o qual serviu de fundamento à Resolução nº 5, do CONAD, de 04/11/04, que institui o atual Grupo Multidisciplinar de Trabalho.
III - ANDAMENTO DAS REUNIÕES:
18. A fim de atender aos termos da resolução que o instituiu, o GMT teve como primeira tarefa, depois de eleger o Presidente e o Vice-Presidente do Grupo, respectivamente Dr. Dartiu Xavier da Silveira Filho e Edson Lodi Campos Soares, a elaboração do Cadastro Nacional das Entidades Usuárias da Ayahuasca - CNEA.
19. Acerca desse tema, muitos foram os questionamentos levados em consideração pelo grupo, a começar pela finalidade do referido cadastro, que não deve servir de mecanismo de controle estatal sobre o direito constitucional à liberdade de crença (art. 5º, VI, CF). Discutiu-se também acerca de sua objetividade, de sorte que não constassem exigências que viessem a invadir o direito individual à intimidade, vida privada e imagem dos usuários (art. 5º, X, CF). Nesse sentido, chegou-se ao consenso de que responder ou não ao cadastro seria uma faculdade das entidades.
20. Fixados esses parâmetros, o formulário de cadastro foi colocado à disposição dos interessados, acompanhado de carta explicativa e cópia da Resolução nº. 05/04, do CONAD. Até a presente data foi cadastrada quase uma centena de entidades, dando também uma dimensão parcial das diversas práticas que são adotadas pelas entidades que fazem uso da Ayahuasca no Brasil. O cadastro continua disponível às entidades interessadas.
21. O GMT procurou destacar e consolidar as práticas que para as próprias entidades representam o uso religioso adequado e responsável, anteriormente estabelecidos na "Carta de Princípios", resultado do 1º Seminário das entidades da Ayahuasca, realizado em Rio Branco em 24 de novembro de 1991. Nas discussões priorizaram-se os seguintes temas: definição de uso ritual, comércio, turismo, publicidade, associação da Ayahuasca com outras substâncias, criação de novos centros, auto-sustentabilidade das entidades, procedimentos de recepção de novos interessados, curandeirismo, uso terapêutico, assim como definição de mecanismos para tornar efetivos os princípios deontológicos formulados. A maior parte das deliberações do grupo foi consensual e estão sintetizadas no item V - Conclusão.
IV - TEMAS DISCUTIDOS:
IV.I - USO RELIGIOSO DA AYAHUASCA
22. Ao longo de décadas o uso ritualístico da Ayahuasca - bebida extraída da decocção do cipó Banisteriopsis caapi (jagube, mariri etc.) e da folha Psychotria viridis (chacrona, rainha etc.) - tem sido reconhecido pela sociedade brasileira como prática religiosa legítima, de sorte que são mais do que atuais as conclusões de relatórios e pareceres decorrentes de estudos multidisciplinares determinados pelo antigo CONFEN, desde 1985, que constatavam que "há muitas décadas o uso da Ayahuasca vem sendo feito, sem que tenha redundado em qualquer prejuízo social conhecido"[5].
23. A correta identificação do que é uso religioso, segundo os conceitos e práticas ditadas, a partir das próprias entidades que fazem uso da Ayahuasca, permitirá assegurar a proteção da liberdade de crença prevista na Constituição Federal. Considerando a ocorrência de registros de uso não religioso da Ayahuasca, sua identificação possibilitará prevenir práticas que não se amoldam à proteção constitucional.
24. Trata-se, pois, de ratificar a legitimidade do uso religioso da Ayahuasca como rica e ancestral manifestação cultural que, exatamente pela relevância de seu valor histórico, antropológico e social, é credora da proteção do Estado, nos termos do art. 2o, "caput", da Lei 11.343/06[6] e do art. 215, §1º, da CF. Devem-se evitar práticas que possam pôr em risco a legitimidade do uso religioso tradicionalmente reconhecido e protegido pelo Estado brasileiro, incluindo-se aí o uso da Ayahuasca associado a substâncias psicoativas ilícitas ou fora do ambiente ritualístico.
IV.II - COMERCIALIZAÇÃO:
25. O GMT reconhece o caráter religioso de todos os atos que envolvem a Ayahuasca, desde a coleta das plantas e seu preparo, até seu armazenamento e ministração, de modo que seu praticante de tudo participa com a convicção de que pratica ato de fé e não de comércio. Daí decorre que o plantio, o preparo e a ministração com o fim de auferir lucro é incompatível com o uso religioso que as entidades reconhecem como legítimo e responsável.
26. Quem vende Ayahuasca não pratica ato de fé, mas de comércio, o que contradiz e avilta a legitimidade do uso tradicional consagrado pelas entidades religiosas.
27. A vedação da comercialização da Ayahuasca não se confunde com seu custeio, com pagamento das despesas que envolvem a coleta das plantas, seu transporte e o preparo. Tais custos de manutenção, conforme seja o seu modo de organização estatutária, são suportados pela comunidade usuária. E é evidente, também, que a produção da Ayahuasca tem um custo, que pode variar de acordo com a região que a produz, a quantidade de adeptos, a maior ou menor facilidade com que se adquire a matéria prima (cipó e folha), se se trata de plantio da própria entidade ou se as plantas são obtidas na floresta nativa, e tantas outras variáveis.
28. Historicamente, porém, de acordo com a experiência das entidades religiosas chamadas a compor o Grupo Multidisciplinar de Trabalho, esse custo é partilhado no seio da instituição por meio das contribuições dos membros de cada entidade. Os sócios respondem pelas despesas de manutenção da organização religiosa, nas quais estão incluídos os gastos com a produção da Ayahuasca, com prestação de contas regular.
29. O uso religioso responsável na produção da Ayahuasca é delineado a partir da constatação das práticas das entidades: a) cultivar as plantas e preparar a Ayahuasca, em princípio, para seu próprio consumo; b) buscar a sustentabilidade na produção das espécies; e, c) quando não possuir cultivo próprio e nenhuma forma de obtenção da matéria prima na floresta nativa - sem prejuízo de buscar a auto-suficiência em prazo razoável - nada obsta obter o chá mediante custeio das despesas tão somente, evitando-se que pessoas, grupos ou entidades se dediquem, com exclusividade ou majoritariamente, ao fornecimento a terceiros.
IV.III - SUSTENTABILIDADE DA PRODUÇÃO DA AYAHUASCA:
30. A cultura do uso religioso da Ayahuasca, por se tratar de fé baseada em bebida extraída de plantas nativas da Floresta Amazônica, pressupõe responsabilidade ambiental na extração das espécies. As entidades religiosas devem buscar a auto-sustentabilidade na produção da bebida, cultivando o seu próprio plantio.
IV.IV - Turismo:
31. Turismo, como atividade comercial, deve ser evitado pelas entidades, que por se constituírem em instituições religiosas, não devem se orientar pela obtenção de lucro, principalmente decorrente da exploração dos efeitos da bebida.
32. A Constituição Federal garante o livre exercício dos cultos religiosos, que tem como conseqüência o direito à propagação da fé através do intercâmbio legitimo de seus membros. Neste sentido todos têm direito de professar a sua fé livremente e de promover eventos dentro dos limites legais estabelecidos. O que se quer evitar é que uma prática religiosa responsável, séria, legitimamente reconhecida pelo Estado, venha a se transformar, por força do uso descomprometido com princípios éticos, em mercantilismo de substância psicoativa, enriquecendo pessoas ou grupos, que encontram no argumento da fé apenas o escudo para práticas inadequadas.
IV.V - Difusão das Informações:
33. A publicidade da Ayahuasca também tem sido motivo de deturpações e abusos, notadamente na Internet. Observa-se, principalmente neste meio de comunicação, o oferecimento de toda espécie de cursos e oficinas remuneradas, cujo elemento central é o uso da Ayahuasca associado a promessas de experiências transformadoras descomprometidas com o ritual religioso.
34. A partir das experiências das entidades e de suas práticas rituais, verifica-se que o uso ritual responsável é incompatível com a publicidade e a oferta de promessas de curas milagrosas, de transformações pessoais arrebatadoras e com a indução das pessoas a acreditarem que a Ayahuasca é o remédio para todos os males. É consenso no GMT que quem faz uso religioso responsável não divulga informações que possam induzir as pessoas a terem uma imagem fantasiosa da Ayahuasca e trata do tema com discrição, sem fazer alardes dos efeitos da substância.
IV.VI - USO TERAPÊUTICO:
35. Para fins deste relatório "terapia" é compreendida como atividade ou processo destinado à cura, manutenção ou desenvolvimento da saúde, que leve em conta princípios éticos científicos.
36. Tradicionalmente, algumas linhas possuem trabalhos de cura em que se faz uso da Ayahuasca, inseridos dentro do contexto da fé. O uso terapêutico que tradicionalmente se atribui à Ayahuasca dentro dos rituais religiosos não é terapia no sentido acima definido, constitui-se em ato de fé e, assim sendo, ao Estado não cabe intervir na conduta de pessoas, grupos ou entidades que fazem esse uso da bebida, em contexto estritamente religioso. Em outra condição se encontram aqueles que se utilizam da bebida fora do contexto religioso. Isto nada tem que ver com uso religioso, e tal prática não está reconhecida como legítima pelo CONAD, que se limitou a autorizar o uso da substância em rituais religiosos.
37. A utilização terapêutica da Ayahuasca em atividade privativa de profissão regulamentada por lei dependerá da habilitação profissional e respaldo em pesquisas científicas, pois de outra forma haverá exercício ilegal de profissão ou prática profissional temerária.
38. Qualquer prática que implique utilização de Ayahuasca com fins estritamente terapêuticos, quer seja da substância exclusivamente, quer seja de sua associação com outras substâncias ou práticas terapêuticas, deve ser vedada, até que se comprove sua eficiência por meio de pesquisas científicas realizadas por centros de pesquisa vinculados a instituições acadêmicas, obedecendo às metodologias científicas. Desse modo, o reconhecimento da legitimidade do uso terapêutico da Ayahuasca somente se dará após a conclusão de pesquisas que a comprovem.
39. Com fundamento nos relatos dos representantes das entidades usuárias, verificou-se que as curas e soluções de problemas pessoais devem ser compreendidas no mesmo contexto religioso das demais religiões: enquanto atos de fé, sem relação necessária de causa e efeito entre uso da Ayahuasca e cura ou soluções de problemas.
IV.VI - ORGANIZAÇÃO DAS ENTIDADES:
40. O crescimento do uso da Ayahuasca e a facilidade com que se pode comprar a bebida de pessoas que a produzem sem compromisso com a fé têm levado ao surgimento de novas entidades, que não possuem experiência no lidar com a bebida e seus efeitos, assim como fazem mau uso da Ayahuasca, associando-a a práticas que nada têm a ver com religião. O uso ritual caracterizado pela busca de uma identidade religiosa se diferencia do uso meramente recreativo.
41. O uso religioso responsável da Ayahuasca pressupõe a presença de pessoas experientes, que saibam lidar com os diversos aspectos que envolvem essa prática, a saber: capacidade de identificar as espécies vegetais e de preparar a bebida, reconhecer o momento adequado de servi-la, discernir as pessoas a quem não se recomenda o uso, além de todos os aspectos ligados ao uso ritualístico, conforme sua orientação espiritual.
42. Embora se reconheça o ato de fé solitário e isolado, usualmente a prática religiosa se desenvolve coletivamente. É recomendável que os grupos constituam-se em organizações formais, com personalidade jurídica, consolidando a idéia de responsabilidade, identidade e projeção social, que possibilite aos usuários a prática religiosa em ambiente de confiança.
IV.VII - PROCEDIMENTOS DE RECEPÇÃO DE NOVOS ADEPTOS
43. Além dos princípios inerentes a cada uma das linhas doutrinárias na recepção de novos membros, é razoável e prudente que ao se ministrar a Ayahuasca seja levado em conta o relato de alterações mentais anteriores, o estado emocional no momento do uso e que eles não estejam sob efeito de álcool ou outras substâncias psicoativas.
44. Antes de ingerir pela primeira vez, o interessado deve ser informado acerca de todas as condições que se exigem para o uso da Ayahuasca, conforme a orientação de cada entidade. Uma entrevista prévia, oral ou escrita, deve ser realizada no sentido de averiguar as condições do interessado e a ele devem ser dados os esclarecimentos necessários acerca dos efeitos naturais da bebida.
45. É recomendável que cada entidade acompanhe os participantes até a finalização de seus rituais, excetuada a saída previamente solicitada em casos excepcionais e com a anuência do responsável.
IV.VIII - USO DA AYAHUASCA POR MENORES E GRÁVIDAS:
46. Tendo em vista a inexistência de suficientes evidências cientificas e levando em conta a utilização secular da Ayahuasca, que não demonstrou efeitos danosos à saúde, e os termos da Resolução nº 05/04, do CONAD, o uso da Ayahuasca por menores de 18 (dezoito) anos deve permanecer como objeto de deliberação dos pais ou responsáveis, no adequado exercício do poder familiar (art. 1634 do CC); e quanto às grávidas, cabe a elas a responsabilidade pela medida de tal participação, atendendo, permanentemente, a preservação do desenvolvimento e da estruturação da personalidade do menor e do nascituro.
V - CONCLUSÃO:
a. Considerando que o CONAD, acolhendo parecer da Câmara de Assessoramento Técnico Científico, reconheceu a legitimidade do uso religioso da Ayahuasca, nos termos da Resolução nº 05/04, que instituiu o GMT para elaborar documento que traduzisse a deontologia do uso da Ayahuasca, como forma de prevenir seu uso inadequado;
b. Considerando que o GMT, após diversas discussões e análises, onde prevaleceu o confronto e o pluralismo de idéias, considerou como uso inadequado da Ayahuasca a prática do comércio, a exploração turística da bebida, o uso associado a substâncias psicoativas ilícitas, o uso fora de rituais religiosos, a atividade terapêutica privativa de profissão regulamentada por lei sem respaldo de pesquisas cientificas, o curandeirismo, a propaganda, e outras práticas que possam colocar em risco a saúde física e mental dos indivíduos;
c. Considerando que a dignidade da pessoa humana é princípio fundante da República Federativa do Brasil, e dentre os direitos e garantias dos cidadãos sobressai-se a liberdade de consciência e de crença como direitos invioláveis, cabendo ao Estado, na forma da lei, garantir a proteção aos locais de culto e a suas liturgias (CF, arts. 1º, III, 5º, VI);
d. Considerando a decisão do INCB (International Narcotics Control Board), da Organização das Nações Unidas, relativa à Ayahuasca, que afirma não ser esta bebida nem as espécies vegetais que a compõem objeto de controle internacional;
e. Considerando, por fim, que o uso ritualístico religioso da Ayahuasca, há muito reconhecido como prática legitima, constitui-se manifestação cultural indissociável da identidade das populações tradicionais da Amazônia e de parte da população urbana do País, cabendo ao Estado não só garantir o pleno exercício desse direito à manifestação cultural, mas também protegê-la por quaisquer meios de acautelamento e prevenção, nos termos do art. 2o, "caput", Lei 11.343/06 e art. 215, caput e § 1º c/c art. 216, caput e §§ 1º e 4º da Constituição Federal.
O Grupo Multidisciplinar de Trabalho aprovou os seguintes princípios deontológicos para o uso religioso da Ayahuasca:
1. O chá Ayahuasca é o produto da decocção do cipó Banisteriopsis caapi e da folha Psychotria viridis e seu uso é restrito a rituais religiosos, em locais autorizados pelas respectivas direções das entidades usuárias, vedado o seu uso associado a substâncias psicoativas ilícitas;
2. Todo o processo de produção, armazenamento, distribuição e consumo da Ayahuasca integra o uso religioso da bebida, sendo vedada a comercialização e ou a percepção de qualquer vantagem, em espécie ou in natura, a título de pagamento, quer seja pela produção, quer seja pelo consumo, ressalvando-se as contribuições destinadas à manutenção e ao regular funcionamento de cada entidade, de acordo com sua tradição ou disposições estatutárias;
3. O uso responsável da Ayahuasca pressupõe que a extração das espécies vegetais sagradas integre o ritual religioso. Cada entidade constituída deverá buscar a auto-sustentabilidade em prazo razoável, desenvolvendo seu próprio cultivo, capaz de atender suas necessidades e evitar a depredação das espécies florestais nativas. A extração das espécies vegetais da floresta nativa deverá observar as normas ambientais;
4. As entidades devem evitar o oferecimento de pacotes turísticos associados à propaganda dos efeitos da Ayahuasca, ressalvando os intercâmbios legítimos dos membros das entidades religiosas com suas comunidades de referência;
5. Ressalvado o direito constitucional à informação, recomenda-se que as entidades evitem a propaganda da Ayahuasca, devendo em suas manifestações públicas orientar-se sempre pela discrição e moderação no uso e na difusão de suas propriedades;
6. A prática do curandeirismo é proibida pela legislação brasileira. As propriedades curativas e medicinais da Ayahuasca - que as entidades conhecem e atestam - requerem uso responsável e devem ser compreendidas do ponto de vista espiritual, evitando-se toda e qualquer propaganda que possa induzir a opinião pública e as autoridades a equívocos;
7. Recomenda-se aos grupos que fazem uso religioso da Ayahuasca que se constituam em organizações jurídicas, sob a condução de pessoas responsáveis com experiência no reconhecimento e cultivo das espécies vegetais sagradas, na preparação e uso da Ayahuasca e na condução dos ritos;
8. Compete a cada entidade religiosa exercer rigoroso controle sobre o sistema de ingresso de novos adeptos, devendo proceder entrevista dos interessados na ingestão da Ayahuasca, a fim de evitar que ela seja ministrada a pessoas com histórico de transtornos mentais, bem como a pessoas sob efeito de bebidas alcoólicas ou outras substâncias psicoativas;
9. Recomenda-se ainda manter ficha cadastral com dados do participante e informá-lo sobre os princípios do ritual, horários, normas, incluindo a necessidade de permanência no local até o término do ritual e dos efeitos da Ayahuasca.
10. Observados os princípios deontológicos aqui definidos, cabe a cada entidade e a seus membros indistintamente, no relacionamento institucional, religioso ou social que venham a manter umas com as outras, em qualquer instância, zelar pela ética e pelo respeito mútuo.
PROPOSIÇÕES:
1. QUANTO ÀS PESQUISAS DO USO TERAPÊUTICO DA AYAHUASCA EM CARÁTER EXPERIMENTAL:
a. Devem-se fomentar pesquisas cientificas abrangendo as seguintes áreas: farmacologia, bioquímica, clínica, psicologia, antropologia e sociologia, incentivando a multidisciplinaridade;
b. Sugere-se ao CONAD que promova e financie, a partir de 2007, pesquisas relacionadas com o uso e efeitos da Ayahuasca.
2. QUANTO À QUESTÃO AMBIENTAL E AO TRANSPORTE:
a. Sugere-se ao CONAD que considere a possibilidade de intercâmbio com o CONAMA, se possível lançando mão do auxílio das entidades religiosas, no sentido de estabelecer medidas de proteção às espécies vegetais que servem de matéria prima à Ayahuasca, por meio de legislação específica para essas plantas de uso ritualístico religioso, as quais não podem ser tratadas indistintamente como um produto florestal não madeireiro.
B. Sugere-se ao CONAD ainda, que faça os encaminhamentos devidos junto aos órgãos competentes do Estado, no sentido de regulamentar o transporte interestadual da Ayahuasca entre as entidades, ouvindo-se previamente os interessados.
3. QUANTO À EFETIVIDADE DOS PRINCÍPIOS DEONTOLÓGICOS:
a. Sugere-se ao CONAD que estude a possibilidade de fixar mecanismos de controle quanto ao uso descontextualizado e não ritualístico da Ayahuasca, tendo como paradigma os princípios deontológicos ora fixados, com efetiva participação de representantes das entidades religiosas.
b. Solicita-se ao CONAD apoio institucional para a criação de instituição representativa das entidades religiosas que se forme por livre adesão, para o exercício do controle social no cumprimento dos princípios deontológicos aqui tratados.
c. Sugere-se ainda, caso os princípios deontológicos aqui definidos sejam acatados, que disto seja dada ampla publicidade, preferencialmente com a realização de um segundo seminário organizado pelo próprio CONAD auxiliado pelo Grupo Multidisciplinar de Trabalho, do qual devem participar todas as entidades, sem prejuízo do encaminhamento formal do ato a todos os órgãos dos Ministérios Públicos e da Magistratura Federal e Estaduais, Polícia Federal e Secretarias de Segurança Pública dos Estados.
Brasília, 23 de Novembro de 2006.
Suprema Corte de Justiça Americana libera Ayahuasca Oito juizes do tribunal, decisão unânime, recusaram os argumentos do governo americano. A decisão abre espaço para que a religião genuinamente Brasileira do Santo Daime, possa conseguir autorização na justiça americana para a realização de seu Culto. A Suprema Corte foi consultada como terceira instância, depois de o governo ter sido derrotado em uma corte federal e numa primeira apelação. Os usuários de ayahuasca têm amparo na legislação Brasileira desde 1986, quando o extinto Conselho Federal de Entorpecentes não apenas aprovou o uso em cerimônias religiosas como também recomendou a prática. O culto nasceu no Brasil após a expansão dos seringueiros na Amazônia, de 1940 a 1960. Alguns destes trabalhadores fizeram contato com os rituais indígenas da Ayahuasca e acrescentaram motivos católicos. O universo místico inclui de Jesus Cristo e Nossa Senhora a criaturas mágicas da floresta, o Sol, a lua e as Estrelas.




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